Brasil foi país com mais jogos suspeitos de manipulação em 2022
Levantamento feito pela Sportradar mostrou o Brasil como líder do ranking com 150 partidas.
Em meio às investigações que analisam um esquema de manipulação de resultados na Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, o Brasil foi o primeiro colocado entre os países que tiveram mais jogos com suspeita de manipulação de resultados no ano de 2022. De acordo com um relatório levantado pela Sportradar, empresa especializada em monitoramento de partidas que tem parceria com a UEFA, a FIFA e a CBF, além de algumas federações estaduais, os números foram 34% maiores que no ano anterior.
Em 2022, foram registradas 1212 partidas suspeitas de envolvimento com apostas esportivas em todas as modalidades. São consideradas suspeitas, pela empresa, partidas que tenham fortes evidências de viciação de resultados ou que possuam indícios contundentes de manipulação de resultados.
A Sportradar, porém, alega que 99,5% das competições esportivas são "livres de viciação de resultados", colocando todas as modalidades esportivas com menos de 1% de episódios suspeitos de manipulação. Dentre os 10 países com maior índice de suspeição, o futebol foi responsável por 71,5% dos casos.
Veja o ranking da Sportradar:
Brasil - 152
Rússia - 92
República Tcheca - 56
Cazaquistão - 43
China - 41
Grécia - 40
Argentina - 39
Filipinas - 37
Polônia - 36
Tailândia - 35
O futebol é o esporte com maior índice de suspeição no mundo, contando com 63,9% dos casos. Em 2022, foram 775 casos suspeitos no futebol, enquanto o basquete teve 220 casos. Já o tênis, contou com 75 episódios. Outras modalidades, somadas, chegaram a 142 casos.
Andreas Krannich, Diretor Global da Sportradar Integrity Services, relatou que: "Nossa tecnologia nos permite monitorar mais jogos em um nível mais profundo, fornecendo informações mais detalhadas e precisas para ajudar nossos parceiros, clientes e a indústria esportiva em geral nos esforços para proteger os eventos esportivos da corrupção. Esperamos apoiar ainda mais federações esportivas e autoridades legais em 2023".