Globo aguarda união entre Libra e LFF por venda centralizada de direitos: ‘Tende a produzir resultados melhores’
Diretor da Globo fala ao LANCE! sobre processo de criação da liga do Brasileirão
                            Detentora dos direitos de transmissão do Brasileirão até 2024, a Globo acompanha de perto o desenrolar das negociações entre Libra e LFF para a possível criação da liga nacional de clubes. Após meses de divisão e impasses, os dois blocos ainda buscam encontrar um denominador comum para unir os 40 clubes das Séries A e B em um único grupo e, assim, vender as propriedades comerciais dos torneios a partir de 2025.
Em relação aos direitos de transmissão, há dois cenários possíveis: o de venda centralizada, em caso de acordo entre Libra e LFF, ou o de venda descentralizada, caso os blocos permaneçam separados. Afinal, qual é a posição da emissora sobre as possibilidades? O diretor de direitos esportivos da empresa, Fernando Manuel Pinto, falou ao LANCE! para detalhar o posicionamento da Globo sobre o assunto.
De forma geral, Fernando defende que a união dos clubes e, consequentemente, a negociação centralizada dos direitos são importantes para o desenvolvimento do mercado como um todo. O executivo da Globo explica que a divisão entre Libra e LFF representaria um avanço muito pequeno no processo quando comparada à possibilidade da criação de uma liga única de clubes.
- Essa hipótese (de venda descentralizada de direitos) pode ter muitas variações, depende de aspectos que, na maior parte, passam longe da nossa mesa agora. De qualquer forma, a venda por dois grupos de clubes não configurará a desejada e necessária liga, algo que felizmente todos os envolvidos reconhecem. Caso tal cenário se confirme seria apenas uma espécie de “versão 2.0” do que ocorreu na negociação do atual ciclo contratual, ocorrida entre 2016 e 2018, principalmente. Na época, Globo e demais interessados negociaram clube a clube, enquanto dessa vez o mercado passaria a lidar com blocos de clubes. Seria ou será um desenvolvimento de processo muito pequeno diante do que se ventila ou imagina, a presença de uma liga - disse Fernando Manuel Pinto, chefe de direitos esportivos da Globo, ao L!.
Apesar de dialogar com dirigentes e agentes envolvidos no processo, Fernando destaca que não há negociações em andamento pelos direitos de 2025 em diante e que qualquer comentário mais específico no contexto atual seria mera especulação. Ainda assim, o diretor aproveitou para reforçar a importância da venda centralizada se os clubes quiserem aprimorar o modelo de distribuição de receitas, por exemplo.
- Essa questão (da venda de direitos de transmissão) é muito dinâmica e com muitas variáveis. Mesmo sendo um defensor e reconhecendo que negociações estruturadas, feitas de maneira centralizada, tendem a produzir resultados melhores para a indústria como um todo, devo dizer que já vi produto bom, vendido de forma centralizada e por gente competente, tendo resultado frustrante no mercado. Também já vi negociação de direitos fragmentados acabar em aumento significativo do valor de direitos - comentou Manuel Pinto, antes de completar:
- O certo é que para aprimorar o modelo de convivência dos clubes numa mesma competição, afastando o risco de traumas em temas como distribuição dos recursos entre os clubes e inserindo de vez a correta lógica de equilíbrio e mérito esportivo, só tem um caminho: a negociação centralizada com bom propósito coletivo. Foco na competição como produto esportivo e de mídia. Vide os exemplos positivos da Libertadores e da Copa do Brasil. Do nosso lado aqui, cabe correr na nossa raia e buscar o melhor desfecho possível considerando as circunstâncias e o processo negocial que se apresentarem.
Com a Globo em modo de espera, Libra e LFF vivem momento decisivo nas negociações pela criação de uma liga no futebol brasileiro. Ambos os blocos têm pressa para definir como será o produto e, em seguida, levar as propriedades comerciais ao mercado, o que está previsto para acontecer a partir do segundo semestre deste ano. Além da Globo, outras empresas interessadas nos direitos aguardam um desfecho nas conversas para iniciar as tratativas, seja com os blocos separados ou com um único grupo de clubes.
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