Patrocinador máster do Brasileirão aciona CBF na Justiça por violação de contrato
Casa de apostas é patrocinadora da Série A e acusa entidade de descumprir cláusula de exclusividade
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é alvo de um novo processo judicial. O autor da ação é o site de apostas Galera.bet, que é patrocinador máster da Série A do Brasileirão e acusa a entidade de violar uma cláusula de exclusividade em peças publicitárias do torneio.
A ação foi ajuizada na tarde de domingo e teve o pedido liminar deferido nesta segunda-feira. O objetivo é impedir a exposição de outras empresas do segmento de apostas em propriedades oficiais do Brasileirão, algo que aconteceu nos últimos jogos do torneio.
Como patrocinadora oficial da Série A, a Galera.bet tem uma série de direitos comerciais. Um exemplo é a exibição da marca em peças publicitárias, como o pórtico de entrada em campo, o totem da bola e o backdrop de entrevista dos jogadores, por exemplo. A cláusula de exclusividade, comum em contratos deste tipo, impede a presença de marcas concorrentes nestas propriedades, mas vem sendo descumprida pela CBF.
Imagens anexadas no processo comprovam a exposição de outras três casas de apostas - Betano, Betnacional e 1XBet - nos pórticos de entrada e nos backdrops de entrevista. O fato já havia acontecido na terceira rodada e se repetiu nas partidas deste fim de semana.
De acordo com o site da CBF, a Galera.bet detém o posto de “patrocinador máster” do Brasileirão, um nível abaixo do “Title Sponsor” (Assaí Atacadista) e acima dos outros quatro patrocinadores oficiais (Binance, Brahma, E-Football e GIROAgro). As três casas de apostas citadas acima não constam como patrocinadores do torneio.
A Galera.bet solicita na ação que as peças sejam modificadas imediatamente. Caso a CBF mantenha a exposição indevida de empresas concorrentes, a defesa promete cobrar uma multa da entidade.
Cabe destacar que o contrato de patrocínio da Galera.bet ao Brasileirão foi fechado em maio de 2022 e é válido por três temporadas, até o fim da edição de 2024. Procurada pela reportagem do LANCE!, a CBF não se manifestou sobre o assunto até o momento da publicação da matéria. Em caso de resposta, o texto será atualizado.