Ministério Público da Espanha pede prisão de Carlo Ancelotti, técnico do Real Madrid
Treinador italiano teria cometido crime de fraude fiscal em sua primeira passagem pelo comando merengue

O técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti, se viu nesta quarta-feira (6) com problemas fora do âmbito futebolístico. O comandante foi acusado de fraudes fiscais pelo Ministério Público da Espanha, e pode pegar até quatro anos e nove meses de prisão, tempo solicitado pelo órgão.
A grande motivação para a acusação se deu na primeira passagem do italiano pelo comando dos merengues. Em 2013, Ancelotti assinou um contrato de três anos com o Real, expirando vínculo ao fim do primeiro semestre de 2016. A relação veio a ter um fim em maio de 2015, quando deixou o clube para dar lugar a Rafa Benítez.
No ato da assinatura do contrato, "Carletto" especificou a remuneração que teria nos três anos de contrato, além de valores igualmente divididos com o clube no tocante a direitos de imagem. Porém, para evitar cobranças de tributos em sua parte dos direitos, o treinador recorreu a uma rede de trustes e companhias arquivadas, cedendo a sua metade à entidade Vapia Limited, das Ilhas Virgens, por um período de dez anos e um valor estimado em 25 milhões de euros.
Desta forma, Ancelotti apenas simulou a transferência dos direitos de imagem para empresas fora da Espanha, mas ocultou quais seriam os beneficiários, deixando a Fazenda Pública local sem o controle da situação. Em 2014, o técnico informou à direção do Real Madrid que quem estava no controle de sua representação era a Vapia LLP, de Londres, e não a Vapia Limited.
- Desta forma, o arguido utilizou a empresa Vapia LLP para que esta se apresentasse formalmente ao Real Madrid como titular dos direitos de imagem, embora nem sequer os tivesse sido formalmente atribuídos, uma vez que o referido contrato de transferência de 1 de julho de 2013 era com a Vapia Limited - afirma o MP espanhol.
A Procuradoria Provincial de Madri colocou números nas dívidas do quatro vezes campeão máximo europeu como treinador. Segundo as informações, o erário foi fraudado em 2014, no valor de 386.361 euros, e em 2015, em 675.718 euros. O total, portanto, alcança a casa dos sete dígitos: 1.062.079 euros - que equivale a cerca de R$ 5,7 milhões na cotação atual.
Em primeira instância, Carlo Ancelotti está livre para o exercício de técnico do Real Madrid. Nesta quarta, aniversário do clube, o italiano comandará a equipe no confronto de volta das oitavas de final da Champions League. Os Merengues recebem o RB Leipzig no Santiago Bernabéu, às 17h (horário de Brasília); tendo vencido na Alemanha pelo placar mínimo, necessitam apenas de um empate para garantir a qualificação às quartas.
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