Alagoas

Aplicativo de combate ao Aedes Aegypti já registrou 2.740 focos em Alagoas

Por Redação 16/10/2016 08h08
Aplicativo de combate ao Aedes Aegypti já registrou 2.740 focos em Alagoas
- Foto: Olival Santos

Desde o seu lançamento, em 29 de fevereiro de 2016, o aplicativo Juntos pela Saúde já foi baixado por 6.487 mil usuários, sendo 5.830 na versão Android, e 657 downloads para iOS, estabelecendo um canal de comunicação facilitador entre cidadão e gestor público. Desse modo, permite a localização geográfica com a identificação dos focos do Aedes aegypti.

O “Juntos pela Saúde” surgiu como um canal de fácil comunicação e aproximação entre cidadãos e gestão pública com a finalidade de auxiliar na redução de problemas e fatores de risco à saúde da população. O aplicativo foi fruto de uma cooperação técnica estabelecida no início deste ano entre a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e a empresa alagoana Rastru.

Segundo José Alencar Feitosa, desenvolvedor do programa, a comunicação com a gestão pública de saúde se estabelece através de denúncias feitas pelo cidadão ao constatar a existência de um foco de mosquito ou ao observar a existência de condições para a formação de um possível criadouro do Aedes aegypti.

Para ele, o grande diferencial do aplicativo encontra-se no seu modelo de colaboração e integração fundamentado nos três pilares: participação efetiva do cidadão; gestão integrada de Saúde Pública, envolvendo todas as secretarias e órgãos dos municípios; e o uso da tecnologia como ferramenta de colaboração e integração entre cidadão e gestão pública de saúde.

“Com o aplicativo no seu celular, ao constatar a existência de um foco do mosquito ou observar a existência de condições para a formação de um possível criadouro, o cidadão pode registrar o fato e enviar esse registro aos gestores públicos, de forma fácil e anônima, inclusive adicionando fotos, vídeos, áudio e localização geográfica”, explicou Feitosa.

Denúncias 

Até a última atualização no início deste mês, os dez principais bairros de Maceió com maior número de denúncias foram: Jatiúca (215), Farol (170), Ponta Verde (139), Benedito Bentes (98), Poço (84), Barro Duro (68), Gruta de Lourdes (59), Trapiche (39), Vergel (37) e Jardim Petrópolis (13). “41,62% das denúncias se concentram nestes dez bairros. Os restantes dos registros estão bem distribuídos pelos demais bairros da capital”, garantiu José Alencar. Dentre os demais municípios alagoanos, Marechal Deodoro vem ocupando lugar de destaque com 75% das denúncias apuradas e tratadas.

De acordo com ele, Alagoas já registrou 2.740 (80,77%) notificações de foco, sendo 2.213 (80,77%) em Maceió e 527 (19,23%) no interior. Em todo o Estado, a principal denúncia de foco de mosquito feita pelos usuários é referente a lixo ou entulho a céu aberto, com 598 (21,82%) registros; seguido de recipientes com água parada, com 584 (21,31%); imóveis fechados ou abandonados correspondem a 563 denúncias (20,55%); terrenos baldios com 403 (14.71%); outros focos de mosquito com 327 (11.93%); e, esgoto a céu aberto, 265 (9.67%).

Segundo Feitosa, a administração pública já conseguiu resolver boa parte dos locais que são denunciados pelo aplicativo Juntos pela Saúde. “Principalmente na capital, onde se concentram 80,77% das denúncias, e parte dos casos já foi tratada pela Secretaria Municipal de Saúde através da atuação de sua equipe de vigilância e agentes de endemias, em parceria com outros órgãos municipais e estaduais como a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió, a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente, a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano, Defesa Civil, entre outros”, destacou.

Em março deste ano, o aplicativo foi atualizado com novas funções que permitem o acompanhamento das denúncias feitas pelo usuário. O aplicativo Juntos pela Saúde funciona em tablets e smartphones que utilizem sistemas operacionais iOS e Android 2.2 ou superior. O usuário pode baixar no Google Play e na Apple Store.