Senador Fernando Collor deve mais de R$ 140 milhões à Receita

Deputados e senadores devem à União R$ 876,6 milhões, incluindo as empresas às quais estão ligados. A informação está na correção de 1 relatório da PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional). Ao todo, 183 deputados e senadores têm algum tipo de débito com o governo federal.
Atualmente, o Congresso Nacional analisa a medida provisória do Refis. O texto permite às empresas endividadas renegociar suas dívidas. As informações sobre as dívidas foram obtidas pelo Poder360 por meio da Lei de Acesso à Informação.
O dado equivocado, divulgado no começo de maio, havia estimado em R$ 878 milhões as dívidas dos congressistas, sem contar as dívidas de empresas. No novo estudo, o mesmo critério registra débitos totais de “apenas” R$ 272,7 milhões.
No novo levantamento, a PGFN também incluiu informações sobre a parcela dos débitos que está regularizada (em pagamento ou renegociada). São R$ 337,3 milhões, ou 38% do total.
O estudo traz ainda a relação de devedores que fizeram doações a congressistas.
MAIORES DEVEDORES
Ao todo, são 152 deputados e 31 senadores com algum tipo de dívida, segundo a PGFN.
O senador mais endividado é o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL): R$ 143 milhões. A maior parte é da TV Gazeta de Alagoas, da qual o senador é sócio. São R$ 88,5 milhões, sendo R$ 84,9 considerados irregulares pela PGFN. Collor não tem dívidas irregulares em nome próprio.
Zeze Perrella (PMDB-MG) responde por R$ 72,2 milhões. A dívida é de uma empresa relacionada a Zeze. Do total, R$ 62 milhões são considerados irregulares.
O deputado com maior débito individual é Egídio Balestra (PP-GO): R$ 100,19 milhões. A dívida é de uma empresa jurídica ligada ao congressista, a Centroalcool S/A. O débito está todo regularizado, segundo a PGFN.
O relator da MP do Refis na comissão especial que analisou o texto, Newton Cardoso Júnior (PMDB-MG) também possui dívidas grandes em empresas. Somam pouco mais de R$ 50 milhões. Desses, R$ 48 milhões são considerados irregulares.
REAÇÃO NO CONGRESSO
A divulgação da versão anterior da lista, semanas atrás, acirrou os ânimos entre os deputados e a PGFN. “A Receita e a PGFN tratam os devedores como criminosos”, disse um deputado à reportagem, à época.
A versão anterior continha erros grosseiros, como uma confusão entre a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) e uma pessoa chamada Ana Amelia Moscoso de Mello Franco, incluída indevidamente na relação.
Para os congressistas, o subtexto é claro: deputados e senadores estão votando a MP do Refis para beneficiar seus financiadores.
Congressistas avaliam que o levantamento é parte de uma guerra política da PGFN contra a MP do Refis das empresas.
Veja também
Últimas notícias

Na pauta da CCJ, novo Código Eleitoral regula uso de IA em campanha

Arthur Lira adia relatório da reforma do Imposto de Renda para ‘baixar a poeira’

Camarote PCD recebe mais de mil pessoas no São João Massayó

Léo Santana e Calcinha Preta agitam São João Massayó nesta quinta (26)

Cabo Bebeto critica aumento de despesas em AL e alerta para má gestão dos recursos públicos

Marcelo Beltrão quer colocar os municípios alagoanos no topo da educação do Brasil
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
