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PF desencadeia operação em AL e mais três estados contra desvios de recursos da saúde

Por 7 Segundos com assessoria 13/06/2017 08h08
PF desencadeia operação em AL e mais três estados contra desvios de recursos da saúde
PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do suspeito - Foto: Ilustração

Uma ação integrada entre a Polícia Federal em Alagoas, a Receita Federal do Brasil e o Departamento de Auditoria do Sistema Único de Saúde, cumpre nesta terça-feira (13) quatro mandados de prisão temporária, um de condução coercitiva e oito de busca e apreensão expedidos pela justiça de Alagoas. A operação, denominada de "Operaçõ Hoder" está sendo cumprida em Maceió, Marechal Deodoro, Itabaiana (SE), Brumado (BA) e Goiânia (GO). O objetivo é combater desvios de recursos públicos. 

Em outubro de 2016 foi instaurado um inquérito policial para apurar desvio de verbas do Programa Nacional de Combate ao Glaucoma e da Política Nacional de Procedimentos Cirúrgicos Eletivos de Médica Complexidades em Alagoas, Sergipe, Bahia 

No decorrer das investigações, foi constada a ação de uma organização criminosa responsável por lesar a União, através do SUS, prestando informações incongruentes sobre atendimentos médicos e fornecimento de medicamentos para tratamento de glaucoma, resultando no recebimento, por empresas ligadas aos investigados, de recursos financeiros em montante significativamente superior ao que deveria ter sido repassado às mesmas.

Em auditorias passadas realizadas pelo Denasus, determinou-se o ressarcimento de cerca de R$ 9.300.000,00 à União em face de constatações de irregularidades. Na investigação constatou-se que as práticas ilegais permanecem até a atualidade, sendo certo que, entre 2014 e 2016, somente a empresa sediada em Maceió recebeu em torno de R$ 16 milhões do SUS para custear consultas e fornecimento de colírios.

Está sendo utilizado um efetivo de 50 policiais federais das Superintendências Regionais da PF em Alagoas, Bahia e Goiás para execução das medidas judiciais, além de auditores do Densasus e Receita Federal.

Todo o material arrecadado, além dos presos, serão levados à Superintendência Regional de Polícia Federal em Alagoas.

O nome dado à operação é de um personagem da mitologia nórdica, um deus cego, referência à natureza dos ilícitos investigados, uma vez que os recursos desviados destinar-se-iam ao tratamento de doença que pode levar à cegueira.