De janeiro até o momento, sete pessoas declaradas LGBT’s já foram assassinadas em Alagoas, é o que conta o presidente do Grupo Gay de Alagoas, Nildo Correia. Segundo ele, os crimes nem sempre são motivados por homofobia, mas sim por uma série de situações que os indivíduos são submetidos.

Dos sete assassinatos, dois ocorreram com travestis. No último domingo (25), uma travesti identificada como Carla, foi esfaqueada por quatro homens no bairro do Clima Bom. Sobre o crime, Nildo acredita que ainda é cedo para levantar suspeitas, mas adianta que nem todo crime tem como causa a homofobia.

“As vezes uma discursão familiar como também o meio em que as travestis  vivem por exemplo podem motivar esse tipo de crime. Não existe meio de vida para elas, o mercado de trabalho não está apto  assim como não existem trabalhos de inserção” revela.

Nildo relatou que conhece várias travestis nessa situação. Segundo ele, muitas sofrem bullying e são expulsas cedo de casa, o que propicia o envolvimento das mesmas com a prostituição que não é crime mas acaba por muitas vezes sendo um caminho para a exploração e extorsão.

Este ano, 35 pessoas do grupo já sofreram agressões morais e físicas em Alagoas. O número é ainda maior em nível nacional, já foram contabilizadas 185 ocorrências também no mesmo período.

Fato mais recente

Fora os sete casos já constatados de assassinatos a LGBT, no último domingo, uma travesti foi espancada e esfaqueada no bairro do Clima Bom. A vítima teria passado à tarde em um bar e acabou sendo seguida por quatro homens ao deixar o local.

Os suspeitos chegaram a ser vistos por populares que fugiram após agredir a travesti. Por causa da gravidade dos ferimentos, Carla permanece  no Hospital Geral do Estado (HGE), ela está entubada, sedada e não tem previsão de alta.