Alagoas perdeu 665 postos de trabalho no mês de junho, diz MTE
Alagoas perdeu 665 postos de trabalho no mês de junho, segundo relatório do Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET) que divulgou variação de -023 para o Estado. O levantamento usou como fonte o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O superintendente do MTE em Alagoas, Antonio Carlos, atribuiu o dado a recessão econômica vivenciada no país. “Não tive acesso ainda aos dados, até porque a sede do Ministério em Alagoas está interditada, mas asseguro que estamos trabalhando para que o MTE volte a funcionar o mais breve possível, para possibilitar o retorno da emissão de carteiras de trabalho e do acesso ao seguro-desemprego, bem como articularmos programas de inserção do trabalhador no mercado”, pontuou.
“Toda a nossa energia está focada nesse retorno de funcionamento. A casa precisa ser aberta para atender os trabalhadores de Alagoas”, acrescentou.
De acordo com o Cadastro, em geral, o estoque de emprego formal no Brasil apresentou expansão em Junho de 2017. O crescimento foi de 9.821 postos de trabalho, equivalente à variação positiva de +0,03% em relação ao estoque do mês anterior.
O dado é resultado de 1.181.930 admissões e de 1.172.109 desligamentos. No acumulado do ano, houve crescimento de 67.358 postos de trabalho, representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. Nos últimos doze meses, verificou-se uma redução de -749.060 postos de trabalho, correspondente à retração de -1,91% no contingente de empregados celetistas do País.
O Cadastro
O Caged é uma fonte de informação do mercado de trabalho de âmbito nacional e de periodicidade mensal. O cadastro foi criado como instrumento de acompanhamento e de fiscalização do processo de admissão e de dispensa de trabalhadores regidos pela CLT, com o objetivo de assistir os desempregados e de apoiar medidas contra o desemprego. A partir de 1986, passou a ser utilizado como suporte ao pagamento do seguro-desemprego e, mais recentemente, tornou-se, também, um relevante instrumento à reciclagem profissional e à recolocação do trabalhador no mercado de trabalho.
O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foi criado pela Lei 4.923 de 23/12/1965, quando instituiu-se a obrigatoriedade das informações sobre admissões, desligamentos e transferências.