Os feirantes do canteiro central da Avenida Benedito Bentes, que foram transferidos para o Mercado Público do Benedito Bentes I, aos poucos vão se adaptando às novas mudanças, acordadas com a prefeitura municipal. A ação de desocupação faz parte das obras de infraestrutura e reubarnização do local. 

Segundo a Prefeitura de Maceió, os feirantes foram comunicados antecipadamente sobre a transferência, que começou no dia 30 de outubro. A eles foram mostrados os problemas gerados pela comercialização irregular e fora do espaço adequado para os próprios ambulantes, clientes e transeuntes.

Feirantes ocupavam canteiro central na Avenida Benedito Bentes (Foto: Secom Maceió)

Além disso, técnicos e o titular da Secretaria Municipal de Segurança Comunitária (Semscs) se reuniram com os comerciantes e representantes da Associação de Moradores do Benedito Bentes para ouvir as necessidades e sugestões da comunidade, e realizar o cadastro de todos os ambulantes. 

Participaram do cadastro apenas os feirantes e pequenos comerciantes que exerciam atividades no canteiro central e no entorno. Segundo a Prefeitura, nenhum valor foi cobrado para a transferência, cadastro ou ocupação no mercado público. "O único requisito era exercer atividade de comércio no canteiro e entorno", afirma a prefeitura.

Com a transferência, cerca de 300 feirantes ocupam o mesmo espaço no Mercado Público, destes, 65 foram relocados para boxes internos no mercado, que estavam sem utilização; 145 no estacionamento do mercado com confecção paulatinamente de bancas/barracas padronizadas e 90 em uma rua próxima do mercado, com espaços de 2mx2m. 

Após retirada das barracas no canteiro central da Avenida Benedito Bentes (Foto: Secom Maceió)

Para os comerciantes de hortifruti ficou acordado que eles ocupariam bancas ou barracas, com espaços de 4mx2m. Já Para comércio de variedades (roupas, brinquedos, diversos, etc), 3mx2m. Para serviços em geral (chaveiro, conserto celular, relojoeiro, etc) 3mx2m. Para comércio de lanche, também 3mx2m e demais atividades 2mx2m.

Acordo 

O portal 7 Segundos entrou em contato com Ana Cristina Brito, assessora de comunicação da Semscs, para saber sobre o acordo feito entre feirantes e prefeitura, além disso, nossa equipe de reportagem questionou se o mesmo estava sendo cumprido. Em resposta, a assessoria do órgão informou que o acordo estava sendo cumprido de ambas as partes e informou que aproximadamente 300 feirantes trabalham no Mercado Público.

"Foi acordado que no local autorizado (estacionamento do mercado do Benedito Bentes I), deve ser utilizado por bancas padronizadas. A prefeitura definiu em acordo com os feirantes um modelo de barraca/banca e os feirantes estão por conta própria providenciando individualmente. Sendo este o único custo. Não existe ainda prazo definido para exigência da banca padrão. Foi considerado toda dificuldade da remoção e necessidade de adaptação ao novo espaço, razão maior pela não exigência ainda dá banca padronizada. Mas já temos 10 feirantes padronizados", afirma Ana Cristina.

Feirantes se adaptam 

Quando o secretário municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social, Ivon Berto, decidiu pela saída dos feirantes, um vereador que atua na área acabou fazendo a pacificação dos ânimos, visto que os feirantes estavam se recusando a deixar o local.

O presidente da Associação dos Feirantes do Benedito Bentes II, Daniel Denis, avaliou que a transferência foi realizada de forma pacífica e espera que a população se desloque ao mercado para fazer suas compras. “No início, nós pensamos que a Prefeitura iria ceder as barracas, mas, devagarzinho, esperamos que cada comerciante tenha condições financeiras e consiga montar sua barraquinha”, informou.

Em reunião com a Prefeitura, Daniel sugeriu que a revitalização do mercado seja feita com a disponibilização de serviços, pois “uma casa lotérica e uma agência bancária podem aproximar o povo do mercado. Esperamos que a população do Benedito Bentes vá ao mercado fazer suas compras, onde vai ser bem recebido, ter estrutura e segurança. No canteiro a gente estava correndo o risco de ter acidentes, de ser atropelado. A gente quer e torce para melhorar”, reconheceu.

* Com informações da Secom Maceió.