Rio já tem 131 macacos mortos em todo o estado; 69% foram vítimas de ação humana
O estado do Rio de Janeiro já contabiliza 131 macacos mortos desde o início do ano. No entanto, a maioria das mortes não deve ter relação com o vírus da febre amarela. Do total, 69% registram sinais de ataques humanos, seja por meio de espancamento ou de envenenamento. É o que aponta a Subsecretaria de Vigilância, Fiscalização Sanitária e Controle de Zoonoses (Subvisa) da prefeitura do Rio de Janeiro, órgão ao qual está vinculado o Instituto Jorge Vaitsman, que vem recebendo os animais recolhidos em todo o estado para necrópsia.
O balanço divulgado hoje (25) pelo órgão aponta ainda que 32 dos 131 macacos mortos foram encontrados na cidade do Rio de Janeiro. Os dados justificam a preocupação de órgãos ambientais com um desconhecimento de parte da população em relação à forma de transmissão da febre amarela. Na capital, o Parque Nacional da Tijuca vem realizando campanhas nas redes sociais para desmitificar a ideia de que, sacrificando os animais, pode-se evitar a doença em humanos.
Os macacos são aliados que ajudam a mapear a presença do vírus e não transmitem a febre amarela, que só é adquirida por meio da picada de um mosquito infectado. Segundo especialistas (link: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-01/especialistas-investigam-relacao-entre-febre-amarela-e-degradacao-ambiental), a infecção nos animais dura entre três e cinco dias e, após esse período, eles morrem ou se tornam imunes. Dessa forma, as agressões atingem geralmente macacos sadios, que não tiveram contato com o vírus, ou que já estão imunizados.
Ante da situação, a Linha Verde, programa do Disque-Denúncia específico para delatar crimes ambientais no Rio de Janeiro, lançou uma campanha contra as agressões aos macacos. As denúncias podem ser feitas por meio dos telefones 2253-1177 (para chamadas na capital) e 0300-253-1177 (interior do estado, custo de ligação local) ou por aplicativo para celulares. De acordo com a legislação ambiental, matar animal silvestre é crime e o autor pode ser condenado a uma pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.
Transmissão
A febre amarela é uma doença de surto que atinge grupos de macacos e humanos e é causada por um vírus da família Flaviviridae. Em áreas rurais e silvestres, ela é transmitida pelo mosquito Haemagogus. Em área urbana, pode ser transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, zika e chikungunya. No entanto, não há registros no Brasil de transmissão da febre amarela em meios urbanos desde 1942.
De acordo com boletim divulgado hoje pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, casos já foram registrados em nove municípios fluminenses. Ao todo, 25 pessoas contraíram a doença no estado e oito morreram. A vacina, disponibilizada gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é o principal meio de combate à doença.
Veja também
Últimas notícias
Samu realiza treinamento de primeiros socorros para profissionais da Saúde de Traipu
JHC entra com ação para anular leilão do governo que envolve prédio do Caps em Maceió
Megaoperação no Alemão e na Penha contra o CV tem 22 mortos e 81 presos; vias expressas são fechadas
Bombeiro militar é preso condenado por estuprar afilhada de dez anos no Sertão de AL
Vini Jr. pede Virginia em namoro e assume relação nas redes sociais; veja
Recurso de Bolsonaro será julgado em plenário virtual em novembro
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
