Depois de chorume e vidro, agentes penitenciários encontram caramujo em comida
Um problema recorrente tem tirado o sono e também a fome de agentes penitenciários de Maceió. Depois de chorume no arroz e vidro na quentinha, os agentes penitenciários do presídio Cyridião Durval encontraram caramujo no almoço da última quarta-feira (31).
Os agentes insistem que a comida é cedida pela Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social e preparadas por detentos. A Seris nega e diz que o alimento é preparado por uma empresa terceirizada e que fornece as quentinhas para os agentes.
A reivindicação da categoria é que as quentinhas sejam substituídas por ticket alimentação. A Seris enviou nota informando que irá averiguar a situação e “constatado o problema iremos notificar a empresa fornecedora dos alimentos para prestar os devidos esclarecimentos e manter a qualidade da alimentação fornecida no Complexo Penitenciário”.
Leia na íntegra a denúncia feita pelos agentes penitenciários
Novamente, agentes penitenciários foram surpreendidos enquanto se alimentavam no Sistema Prisional alagoano. Na quarta-feira (31/01), agentes do presídio Cyridião Durval encontraram um caramujo na alimentação cedida pela Seris (Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social). É a segunda vez que esse tipo de problema acontece em menos de um mês.
O caramujo pode transmitir a esquistossomose, uma doença que pode afetar o trato urinário ou os intestinos. Sintomas incluem dor abdominal, diarreia, fezes com sangue ou sangue na urina. Aqueles que foram infectados podem apresentar danos ao fígado, insuficiência renal, infertilidade ou câncer de bexiga. A alimentação dos agentes penitenciários é preparada por reeducandos, em uma cozinha dentro do próprio sistema prisional. "É um descaso absoluto com a saúde dos agentes", disse Kleyton Anderson, presidente do Sindapen (Sindicato dos Agentes Penitenciários).