"Há sangue nas suas mãos", diz viúva de Marielle Franco a Pezão

A viúva Marielle Franco, Mônica Tereza Benício, encontrou o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, nesta quinta-feira (29) durante o evento de reabertura da Biblioteca Parque de Manguinhos, que ganhou nome da vereadora, que foi executada há 15 dias.
Durante o evento, ela fez um discurso emocionado e cobrou rapidez na investigação do caso da esposa. ''Seu governador, desculpe, mas há sangue nas suas mãos e nas mãos de todos que estão aqui, enquanto o caso da Marielle não for resolvido”, declarou.
Ao fim de seu desabafo, Mônica relembrou ainda todas as lutas da vereadora que, garantiu, continuarão vivas. "Há sangue nas mãos de todos aqueles que não lutarem contra o racismo e contra a homofobia e continuarem vivendo este estado absurdo que a gente vem vivendo, nesse caos de violência. A Marielle levantava bandeiras importantes. Tentaram matar uma mulher e ressuscitaram uma esperança. Marielle vive e continuará lutando pelas bandeiras que acreditava. Marielle vive, Marielle presente", finalizou.
O caso
Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros.
A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves.
A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local.
A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos.
Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.
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