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Iniciativa sustentável acaba com descarte irregular em comunidades de Maceió

Projeto possibilita que no espaço em que antes se via lixo, a comunidade cultive frutas, legumes e verduras

Por Redação 14/04/2018 08h08
Iniciativa sustentável acaba com descarte irregular em comunidades de Maceió
Iniciativa sustentável acaba com descarte irregular em comunidades de Maceió - Foto: Cortesia

Em Maceió, áreas que sofriam com o descarte irregular de lixo passaram a ganhar novas formas de utilização a partir de uma iniciativa da Prefeitura em parceria com as comunidades. São as hortas e pomares urbanos, que começaram discretamente no bairro Benedito Bentes, na parte alta da cidade, e estão sendo implantadas em outras partes da capital.

O projeto possibilita que no espaço em que antes se via lixo, a comunidade cultive frutas, legumes e verduras para o consumo dos próprios moradores. Atualmente, existem quatro hortas urbanas: no Conjunto Nascente do Sol, no Benedito Bentes; no Conjunto Santa Maria, no Eustáquio Gomes; na Grota da Moenda, na Pitanguinha e no bairro Santa Lúcia.

Já os pomares, são três, sendo um no bairro Jatiúca, um no Conjunto Santa Maria e outro na Grota da Moenda. De acordo com a Prefeitura, as próximas três áreas a receber o projeto das hortas e dos pomares serão o Conjunto Denisson Menezes, no Benedito Bentes; o Bom Parto  e o Santo Eduardo.

O projeto das hortas urbanas foi criado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Semds). Segundo o titular da pasta, Gustavo Acioli Torres, a iniciativa foi criada para incentivar a educação ambiental.

“A ideia é promover, com criatividade, ações de educação ambiental e arborização na cidade de Maceió. São projetos de baixo custo, mas com um impacto muito grande para os moradores locais”, explicou o secretário de Desenvolvimento Sustentável, Gustavo Torres.

O projeto piloto foi lançado em junho de 2017, no Benedito Bentes, com a primeira horta urbana de Maceió. Para o cultivo das hortaliças e vegetais, foram estruturados canteiros com a utilização de bambus e garrafas para comportar o adubo e as mudas que são plantadas pelos próprios moradores. A horta do Nascente do Sol cultiva alface, tomate, pimentão, coentro, salsa, couve-flor, berinjela e repolho. Para proteger a área, a equipe da Semds montou uma cerca de bambus, que serve como base para a chamada cerca viva, com o plantio de plantas frutíferas. No mesmo espaço, uma área também abriga a compostagem orgânica e caseira.

A horta urbana segue o princípio da agricultura familiar, sem a utilização de agrotóxicos ou adubo industrial, para garantir a qualidade do alimento cultivado.

No Conjunto Santa Maria, no espaço em que antes se via lixo, a realidade hoje é outra. Tomate, pimenta, feijão, alface e outras hortaliças tomaram conta de uma parte da praça central. Quase seis meses após a entrega da horta e do pomar, a colheita agora garante alimentos aos moradores, que mostram satisfação em cuidar do espaço, principalmente por ter dado fim à pratica do descarte irregular de resíduos.

“Além de promover a sustentabilidade e conscientizar a população sobre a necessidade da sua intervenção para cuidar do meio ambiente, também recuperamos espaços que estavam completamente degradados por conta do descarte de lixo. Com benefícios ambientais e à alimentação, a horta em modalidade comunitária e no centro urbano é realidade em outras grandes cidades e a experiência em Maceió tem sido bastante exitosa, contando com a adesão da população”, complementou Gustavo Torres.

Capacitação 

Tanto para os pomares quantos para as hortas, antes da implantação, a Prefeitura promove oficinas de capacitação com as comunidades. A Semds capacita os moradores com oficinas de horta e compostagem para que aprendam sobre o plantio e manuseio. A capacitação é uma das etapas primordiais de implantação da horta e do pomar, para que os vegetais sejam cultivados de maneira adequada até que chegue o período da colheita.