Considerado o 1º dançarino alagoano no balé, Eric Valdo morre aos 85 anos
Ele foi o primeiro bailarino alagoano a fazer carreira no balé
O bailarino maceioense Eric Valdo, considerado o primeiro dançarino alagoano a fazer carreira no balé, morreu no último sábado (19), aos 85 anos, dentro de casa no Rio de Janeiro. Com sua morte, Alagoas perdeu seu maior representante masculino do balé.
“Eric Valdo é sem sobra de dúvida o maior representante masculino do ballet alagoano. E qualquer um que conheça sua história ratificaria o fato. Só de imaginar quantas barreiras Eric teve que enfrentar para chegar aonde chegou”, afirmou Karina Padilha, curadora da Mostra Alagoana de Dança.
Com uma infância pouco convencional, depois que ficou órfão de mãe, seu pai decidiu percorrer as cidades do Nordeste com seu parque de diversões.
Quando chegou ao Rio de Janeiro, para estudar na Escola Nacional de Belas Artes, teve seu primeiro contato com a dança que o fez se encantar com o ballet clássico.
Ele dançou dos 22 aos 39 anos, depois passou a dar aulas sobre balé no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde morava há mais de 70 anos.
Começou a carreira, de fato, quando entrou para a Escola Nacional de Belas Artes e se apresentou no palco do Teatro Municipal, local onde alcançou reconhecimento.
Além de seu talento na ponta dos pés, reinventou e transformou grandes balés de repertório. Com habilidade para o desenho, criou e desenhou os figurinos para as peças que trabalhava.
Apesar do sucesso, o bailarino parou de dançar aos 39 anos com o nascimento do primeiro filho, fruto da união de mais de 50 anos com a também bailarina Eliana Caminada. “Nos conhecemos num estúdio de balé onde eu estudava e ele também. Também começamos a conviver muito no teatro. Eu entrei aos 16 anos”, relembra a bailarina.
Há dois anos, em 2016, foi homenageado na 13ª edição da Mostra Alagoana de Dança, realizada pelo Governo de Alagoas.
Experiência e talento tornaram-no um dos mais conceituados bailarinos, maître de ballet e ensaiadores da sua geração no Brasil. Orientou artistas do porte de Aldo Lotufo, Marlene Belardi, Gerry Maretsky, Karin Schotterbeck, Helio Bejani, Ana Botafogo, Karen Mesquita, Cristina Matinelli, Eliana Caminada, entre outros. Também ministrou aulas particulares para Bill-Matin Viscount, Marcia Haydee e Richard Craugun. Suas instruções nunca foram apenas a execução de um movimento, o trivial do seu trabalho, era belo, quase uma criação.
“O Eric era um homem de porte alto e esbelto, que carregava um encantamento único. Sua elegância, espiritualidade e gentileza eram apaixonantes. Motivos estes que fazia do Eric uma pessoa muito amada e respeitada por grandes personalidades da dança como Ana Maria Botafogo, Cristina Martinelli, e Márcia Haydée”, concluiu Karina Padilha, curadora da Mostra Alagoana de Dança.
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