“Descabida e sem o menor sentido”, diz Palmeira sobre greve de servidores
Anúncio foi feito durante assinatura do convênio de Fomento à Gastronomia de Maceió
O prefeito de Maceió, Rui Palmeira (PSDB), classificou como “descabida” e “sem o menor sentido” a paralisação dos servidores públicos de Maceió. O anúncio foi feito durante assinatura do convênio de Fomento à Gastronomia de Maceió, entre a Secretaria Municipal de Turismo (Semtur) e a Associação de Bares, Restaurantes e Similares (Abrasel), na Sala de reuniões da Prefeitura de Maceió.
“É uma greve política, descabida e sem o menor sentido. A gente vem fazendo esforço grande, mostrando pros servidores o nosso limite, que é 3%. Não vamos passar absolutamente disso. Vamos, obviamente solicitar a ilegalidade dessa greve”, enfatizou o chefe do executivo.
“Conseguimos o interdito proibitório para que não ocupem os prédios públicos. Se eles não querem trabalhar é um direito deles, mas não querer que o servidor trabalhe é uma barbaridade, um absurdo. Perde a cidade que tem que arrecadar e o servidor”, complementou.
Os servidores pedem 15,41% de reposição salarial referente a perda da inflação de 2015, 2016, 2017 e 2018.
O outro lado
Por outro lado, o Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió (Sindpref) se manifestou através de nota pública, sobre as declarações do Prefeito Rui Palmeira, à imprensa, em relação ao ato grevista organizado pelo sindicato na última sexta-feira (20).
O Sindpref acusa o prefeito de apresentar desdém pelos servidores públicos, que classificou como “vandalismo” o protesto realizado pelo sindicato, que na oportunidade, bloqueou a entrada e saída do prédio da Secretaria Municipal de Gestão e Economia (Semge), fato que foi entendido pela Justiça, como invasão de prédio público.
"Os 15,41% de reposição salarial que a categoria pede, não é piada de mau gosto. Piada de mau gosto é o servidor público municipal ficar quatro anos (2014, 2015, 2016 e 2017) com seus salários defasados. É aguentar na marra, sem aumento proporcional a inflação: o aumento da cesta básica, da conta de água, da conta de energia elétrica, do plano de saúde, da passagem do ônibus, de absolutamente tudo que é essencial para se viver com dignidade", diz trecho da nota.