Quarto acusado de matar Giovanna Lopes foi morto por traficantes, diz PC
A Polícia Civil informou na manhã dessa quarta-feira (24), que o quarto acusado de participar do assassinato da adolescente Giovanna Lopes, morta com um tiro na cabeça no último sábado (20), quando saía de um carro no bairro do Jacintinho, foi executado por traficantes da Grota do Rafael.
A informação foi repassada durante coletiva de imprensa, concedida na sede da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), localizada em Mangabeiras. A comissão de delegados que investiga o caso contou que Alexandro Borges da Silva, de 24 anos, conhecido como “Manu”, foi morto no mesmo dia do assassinato da adolescente. Ele teria sido atraído por criminosos que atuam naquela região para uma emboscada, conhecida como “cocó” na linguagem do crime.
Na versão da polícia, os traficantes da Grota do Rafael sabiam que a morte da adolescente teria grande repercussão e atrairia a polícia para aquela localidade e, por isso, executaram Manu e o enterraram em uma cova rasa, atrás de uma unidade de ensino particular, localizada na Travessa Girassol, também no Jacintinho. A família de Manu tomou conhecimento da morte dele no domingo (21), depois de receber uma denúncia indicando o local onde o corpo foi enterrado.
Segundo a polícia, além de Alexandro, Gustavo Geraldo Oliveira dos Santos, Maciel Gomes Sarmento e um menor com iniciais V. S - mortos durante troca de tiros com a polícia na segunda-feira (22) - atuavam no bairro do Vergel do Lago, mas teriam sido pressionados a deixar a área e os quatro resolveram “se aventurar” e cometer crimes na Grota do Rafael. Os quatros eram envolvidos com tráfico de drogas, roubo e tinham passagens pela polícia.
Relembre o caso
Giovanna voltava de um estabelecimento comercial na orla marítima de Maceió em um carro de aplicativo. Ele levou um tiro na cabeça, antes mesmo de deixar o veículo completamente, quando estava na porta de casa.
Ela foi socorrida pelo motorista, mas chegou morta à Ala Vermelha do Hospital Geral do Estado (HGE).
Os acusados teriam praticado um roubo pouco antes de Giovanna chegar. A polícia suspeita que eles se assustaram com a chegada do veículo em baixa velocidade e podem ter presumido que um policial sairia do carro para tentar captura-los. Por essa razão teriam atirado contra a adolescente.