Procurador-geral diz que MP do Ceará não sabia da operação realizada na tentativa de ataques a bancos
Ele disse ainda que é preciso ter mais cuidados com os protocolos de ação policial
As investigações da tentativa de ataque a bancos em Milagres vão ser acompanhadas por um grupo de promotores da Procuradoria-Geral da Justiça do Ceará. O caso deixou 14 mortos – sendo 8 suspeitos e 6 reféns.
Dez promotores foram designados para acompanhar as investigações e a ação penal dos crimes ocorridos durante a tentativa de assalto a banco no município de Milagres, na última sexta-feira (7).
De acordo com o procurador-geral de Justiça, Plácido Rios, o Ministério Público do Estado não sabia que a operação seria realizada.
O grupo de promotores pretende verificar o conteúdo gravado por câmeras de vigilância da região, de residências do entorno, além das câmeras das agências bancárias. E também outras imagens que a população tenha registrado.
“Pretendemos saber quais foram as informações da inteligência da Polícia. A informação ainda é desencontrada. Saber porque os protocolos de atuação no caso de reféns nos parecem que não foram observados”.
Para o procurador, o cumprimento desses procedimentos operacionais, poderiam evitar ações com resultados como a da Tragédia em Milagres.
“Operação foi um fracasso, temos que ter mais cuidados com os protocolos de ação da polícia. Saber se, naquele momento, existia um comando rígido da tropa, quem foi que começou a atirar“.
As investigações do caso estão sendo conduzidas por 40 profissionais da Polícia Civil e da Perícia Forense do Ceará.
Pelas redes sociais, o governador Camilo Santana disse que foi criado um grupo especial de investigação com a Delegacia Regional de Brejo Santo, Delegacia Municipal de Milagres e apoio da Delegacia de Roubos e Furtos e do Departamento de Polícia do Interior Sul. Oito suspeitos foram presos em flagrante e 24 pessoas foram ouvidas. Disse também que as armas dos suspeitos e dos policiais envolvidos na ação foram recolhidas e vão passar por perícia.
Em entrevista à Tribuna BandNews FM, o governador afirmou que os 12 policiais militares envolvidos na operação de Milagres foram afastados do trabalho nas ruas.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública também abriu uma investigação preliminar para apurar a ação policial./A CGD trabalha de forma independente da Secretaria de Segurança Pública.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informa que o governo acionou a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas dos Direitos Humanos para entrar em contato com as famílias das vítimas e prestar assistência necessária.
Veja também
Últimas notícias
Fim de semana tem predomínio de sol, mas baixa umidade relativa do ar preocupa
Casa da Mulher Alagoana registra aumento de atendimentos e amplia proteção às vítimas
Jovem com câncer de testículo assistência oncológica no Hospital Metropolitano
Iluminação de Natal no Parque Massay-ó-k encanta maceioenses e turistas
Prazo para cadastro e recadastro do Vamu Escolar começa dia 2 de janeiro
[Vídeo] ALE discute projeto que autoriza parada fora do ponto em transportes intermunicipais
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
