'Shutdown' completa um mês nos EUA sem solução à vista
Imbróglio entre oposição e presidente Donald Trump por causa de orçamento para o muro na fronteira paralisou parte do governo norte-americano.

A paralisação parcial do governo dos Estados Unidos completou um mês nesta terça-feira (22) sem acordo orçamentário no Congresso. E há poucas esperanças de que o "shutdown" – que já pesa na economia norte-americana – termine tão cedo.
Desde 22 de dezembro, boa parte do governo federal está bloqueada pela queda de braço entre os democratas do Congresso e a Casa Branca sobre o financiamento de um muro na fronteira com o México, uma das promessas de campanha do presidente Donald Trump.
Trump se nega a assinar qualquer lei orçamentária que não contemple os US$ 5,7 bilhões considerados necessários para o muro contra a imigração ilegal. Os democratas se opõem ao financiamento da obra por considerá-la "imoral", custosa e ineficaz.
No sábado, Trump ofereceu estender a permanência de um milhão de imigrantes prestes a serem expulsos: os "dreamers", jovens que chegaram aos Estados Unidos sem documentos quando eram crianças acompanhados de seus pais, além dos beneficiários dos programas de proteção temporária (TPS, na sigla em inglês).
Nesta terça, o Congresso voltou a funcionar após segunda-feira – feriado nos EUA –, sem ter uma solução à vista.
"Sem um muro, nosso país nunca pode ter nem fronteira, nem segurança nacional", disse Trump no Twitter, acusando os democratas de estarem fazendo "jogos políticos".
Em resposta, a líder da maioria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, acusou o presidente e os republicanos que controlam o Senado de manter os americanos "reféns".
Por 'shutdown', Pelosi e Trump cancelam compromissos
Efeitos do 'shutdown'
O "shutdown" afeta apenas 0,5% dos trabalhadores americanos, mas influi na confiança dos consumidores, aponta uma pesquisa da Universidade de Michigan. Também prejudica o crescimento do PIB dos Estados Unidos em um momento de desaceleração para a economia mundial, dizem especialistas.
Cerca de 800 mil funcionários federais estão em licença não remunerada, ou trabalhando sem receber. Em áreas sensíveis, como segurança interna e transportes, o pessoal está reduzido ao mínimo.
Os parques nacionais estão sem vigias, vários museus estão fechados, e o funcionamento dos aeroportos está mais lento.
Os funcionários afetados devem receber retroativamente, mas mais de um milhão de trabalhadores terceirizados não receberá por esse período.
"Nunca achei que fosse durar tanto", disse à AFP Carol Lopilato, de 59 anos, que desde 23 de dezembro está tecnicamente desempregada.
Funcionária da Receita Federal americana (IRS, na sigla em inglês) desde 1987, Carol não tem preocupações financeiras e se considera "sortuda".
"Mas, se isso se estender, infelizmente, aumentará a preocupação", acrescenta.
Diante do risco de processos judiciais, Trump evitou usar uma lei de urgência que lhe permitiria passar por cima do Congresso e levar o muro adiante.
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