MPE vai pedir a suspensão da licença de poços da Braskem no Pinheiro
A suspensão das licenças seria de caráter temporário, até que um estudo definitivo sobre as causas das rachaduras seja elaborado

O Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) vai pedir a suspensão das licenças ambientais de poços da Braskem localizados no bairro do Pinheiro. O requerimento será feito pelo procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, diretamente ao governador do Estado, Renan Filho, de modo que o chefe do Poder Executivo determine que o Instituto do Meio Ambiente (IMA) casse, de forma temporária, essas licenças até que um estudo definitivo sobre a causa das rachaduras nas ruas e residências daquele bairro seja elaborado. Essa decisão foi tomada em reunião que ocorreu na tarde desta terça-feira (22), no prédio-sede da instituição.
O pedido do MPE/AL será para que as licenças de quatro poços sejam suspensas. “Estamos diante de um problema grave, que está desalojando famílias inteiras e pondo em risco a vida de uma grande quantidade de pessoas. Mesmo com a explicação da Braskem de que os quatro poços licenciados estão com suas atividades paralisadas, entendo que não cabe a empresa decidir quando deve voltar ou não a explorar o solo naquela região. Essa é uma decisão que, neste momento, cabe ao Estado, uma vez que estamos diante de um iminente risco de desastres. Então, vamos fazer esse pedido porque estamos agindo preventivamente”, explicou Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.
“Quero deixar claro que o Ministério Público não está apontando culpados e nem antecipando qualquer julgamento. Porém, diante de todas as rachaduras e fissuras encontradas, e em razão do Pinheiro ser um bairro muito habitado, entendemos que se faz urgente um estudo mais aprofundado do solo, até mesmo porque essa avaliação técnica nunca foi feita. Se o problema surgiu em razão de uma falha geológica ou se há culpados nisso, certamente vamos descobrir após os especialistas se debruçarem sobre o caso”, acrescentou o procurador-geral de justiça.
Força Tarefa
E nesta quarta-feira (23), o Ministério Público vai criar uma força-tarefa para acompanhar o andamento do caso. O colegiado será formado pelos promotores de justiça José Antônio Malta Marques, coordenador do Centro de Apoio Operacional do MPE/AL, Adriano Jorge Correia, do Núcleo de Perícias, Jorge Dórea, do Núcleo de Defesa do Meio Ambiente, Max Martins, da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, e Jomar Amorim, da Promotoria de Justiça de Direitos Humanos.
O procurador de justiça Antiógenes Marques de Lira continuará sendo o representante da chefia do Ministério Público no andamento dos trabalhos.
Veja também
Últimas notícias

Após Justiça mandar vítima voltar ao apartamento de João Neto, advogadas batem boca na porta de prédio

Detran oferta mensalmente mais de 3 mil vagas de exames práticos em 14 municípios do interior

Semana do Bioma Caatinga 2025 promove ações de preservação e educação ambiental no Sertão
Polícia realiza novas buscas por adolescente de 15 anos desaparecida em Maceió

Gaspar é relator de pedido para suspender processo de golpe de Estado contra deputado bolsonarista

Paulão mantém esperanças na candidatura dos irmãos Barbosa pelo PT em 2026
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
