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Militares denunciam 'golpe de Estado' de Guaidó e reforçam apoio a Maduro

Força Armada da Venezuela (FANB) é considerada o principal apoio de Nicolás Maduro no país.

Por G1 24/01/2019 16h04
Militares denunciam 'golpe de Estado' de Guaidó e reforçam apoio a Maduro
Ministro da Defesa venezuelano Vladimir Padrino Lopez e cúpula militar dão coletiva de imprensa nesta quinta-feira (24) em Caracas - Foto: Manaure Quintero/Reuters

A Força Armada da Venezuela (FANB), considerada o principal apoio de Nicolás Maduro, denunciou a autoproclamação do líder do Legislativo, Juan Guaidó, como presidente interino do país, como um "golpe de Estado" e afirmou que Maduro é o "presidente legítimo".

A declaração foi dada pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, ao lado da cúpula militar venezuelana. Padrino disse que os EUA e outros países travam uma guerra econômica contra a Venezuela.

Pelo Twitter, Padrino citou "interesses obscuros":

"O desespero e a intolerância atentam contra a paz da Nação. Os soldados da Pátria não aceitamos um presidente imposto à sombra de interesses obscuros, nem autoproclamado à margem da Lei. A FANB defende nossa Constituição e é garantidora da soberania nacional", escreveu.

Guaidó, deputado de 35 anos que assumiu a presidência do Parlamento, se autoproclamou presidente interino da Venezuela nesta quarta-feira diante de uma multidão que foi às ruas de Caracas para exigir a saída do presidente Nicolás Maduro e a convocação de eleições.

Diversos países cujos governos condenam o regime de Nicolás Maduro reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Diante da situação, Maduro pediu "máxima disciplina" da Força Armada: "Força Armada Nacional Bolivariana a meu comando, máxima união, máxima disciplina, que esta vamos vencer", disse Maduro em discurso do balcão do Palácio Presidencial de Miraflores.

"Leais sempre, traidores nunca!" - gritou Maduro após pedir o apoio dos militares.

O Parlamento, cujas decisões são ignoradas desde 2016 pela justiça (alinhada ao chavismo), declarou há uma semana Maduro como "usurpador" da presidência.

Na segunda-feira, um grupo de 27 militares protagonizou uma breve revolta, mas foram detidos em um quartel de Caracas.