Mourão descarta possibilidade de intervenção armada do Brasil na Venezuela
Segundo ele, não é tradição da política externa brasileira intervir em assuntos internos de outros países

O presidente interino Hamilton Mourão descartou nesta quarta-feira (23) a possibilidade do Brasil participar de uma intervenção armada na Venezuela para retirar o ditador Nicolás Maduro do poder.
Segundo o general, não é tradição da política externa brasileira intervir em assuntos internos de outros países. Ele disse que é possível que, caso seja necessário, o Brasil ofereça no futuro ajuda financeira para reconstruir o país vizinho.
“O Brasil não participa de intervenção. Não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos dos outros países”, ressaltou.
O governo brasileiro reconheceu nesta quarta-feira (23) o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, como o novo presidente interino do país. Os Estados Unidos e outros nove países também tomaram medida semelhante.
A declaração do general feita após ele ser lembrado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que todas as opções estão na mesa, o que não exclui uma intervenção armada no país latino-americano.
Perguntado, Mourão disse ainda que caso Guaidó seja preso pelo regime de Maduro, só resta ao Brasil protestar, sem fazer interferência alguma. "O Brasil pode protestar, mas não vai fazer mais nada além disso", ressaltou.
O general ressaltou que os ministros da Defesa do Brasil e da Venezuela têm uma relação institucional, mas negou que o governo brasileiro esteja em contato com militares venezuelanos.
"O apoio político é exatamente a decisão que foi tomada pelo presidente. O apoio econômico, no futuro, caso seja necessário, para reconstruir o país", disse.
Mourão salientou também que o país está preparado caso aumente a entrada de refugiados venezuelanos pela fronteira entre os dois países em Roraima.
E disse que, caso o regime ditatorial retalie o Brasil cortando o fornecimento de energia elétrica, o plano de contingência seria acionar as termoelétricas da Região Norte.
Em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a decisão do Brasil de reconhecer Guaidó como presidente da Venezuela ao lado de representantes do Canadá, Colômbia e Peru.
Logo depois, usou as redes sociais para enviar uma mensagem aos venezuelanos.
“Todo apoio ao nossos irmãos venezuelanos! Brasil está con ustedes”, escreveu Bolsonaro em uma mensagem que mescla as línguas portuguesa e espanhola.
Veja também
Últimas notícias

Juizados da Mulher da Capital e de Arapiraca analisam 256 processos de violência doméstica

Motociclista fica gravemente ferido após colidir contra poste na Mangabeiras

Unidade do Hemocentro de Arapiraca tem nova gerente

Mãe denuncia negligência médica após perder bebê em hospital de Maceió

Delmiro Gouveia recebe projeto “Pianusco - Som das Águas” neste sábado

Leonardo Dias comemora mudanças em portaria sobre distribuição de PAEs na Rede Municipal
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
