Justiça

?Judiciário deve implantar sistema de eficiência energética nas unidades

Objetivo é reduzir gastos com energia nos prédios da Justiça; projeto será feito em parceria com a Ufal

Por Assessoria 13/03/2019 15h03
?Judiciário deve implantar sistema de eficiência energética nas unidades
Integrantes do LaCCAN apresentaram projeto de eficiência energética para o presidente Tutmés Airan. Foto: Caio Loureiro - Foto: Assessoria

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) pretende implantar um sistema de eficiência energética nas unidades judiciárias do Estado. O projeto será feito em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

De acordo com o coordenador do Laboratório de Computação Científica e Análise Numérica da Ufal (LaCCAN), André Aquino, é possível identificar desperdício de energia por intermédio de inteligência artificial e de ferramentas de automação de baixo custo. "Há a possibilidade de se identificar o comportamento do ambiente para regular a iluminação ou a temperatura do ar-condicionado, por exemplo".

Segundo o diretor de Tecnologia da Informação do TJAL, José Baptista dos Santos, a ideia é implantar o sistema aos poucos, nos quase 100 prédios do Poder Judiciário estadual. “O gasto que o Tribunal tem com energia é de aproximadamente R$ 4 milhões por ano. Queremos levar essa parceria com a Ufal adiante para que seja gerada uma economia”.

O presidente do TJAL, desembargador Tutmés Airan, destacou que os ganhos para o Judiciário serão expressivos. “A ideia é muito interessante. Dou todo o meu apoio para que o projeto saia do papel”, disse.

Custas processuais

O TJAL e a Ufal também planejam utilizar ferramentas de inteligência artificial para auxiliar na cobrança de custas processuais. "Hoje temos uma dificuldade em fazer o levantamento dessas custas, uma vez que são quase 600 mil processos em tramitação, fora os arquivados. A intenção é desenvolver uma ferramenta que busque os processos onde há custas passíveis de pagamento", destacou José Baptista.

O coordenador do LaCCAN disse que esse trabalho é possível de ser feito. "A ideia é fazer a análise do conjunto de documentos que envolvem o processo para identificar se existem custas adicionais. Em alguns casos, identificar e dar alguns alertas para o juiz para que analise esse ponto", afirmou André Aquino.

Também participaram da reunião o juiz Alexandre Lenine, auxiliar da Presidência, o professor do Instituto de Matemática da Ufal, Thales Vieira, e o gerente de projetos do LaCCAN, Ivan Martins.