A Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) realizou, nesta quarta-feira (27), uma operação para remanejar 510 reeducandos do complexo penitenciário, visando combater a atuação de facções criminosas e, com isso, reafirmar o devido controle das unidades prisionais. A operação mobilizou dezenas de militares do Bope e Grupamento Aéreo, além de agentes penitenciários do Grupamento de Escolta, Remoção e Intervenção Tática (Gerit).

Os custodiados foram remanejados entre a Casa de Custódia da Capital e a Penitenciária de Segurança Máxima. De acordo com o supervisor da Central de Monitoramento Eletrônico de Presos, tenente PM Alucham Fonseca, o principal objetivo da operação é sufocar as facções e, com isso, tornar essas unidades ainda mais seguras, tanto para os servidores do sistema, como para os próprios reeducandos e sociedade em geral. “Com este remanejamento, vamos evitar que outros presos sejam cooptados por qualquer organização criminosa”, disse.

Ainda segundo o militar, a operação, que reuniu 12 viaturas, sendo seis carros-cela, e uma ambulância para o caso de eventual intercorrência, fez-se necessária após levantamento realizado pela Diretoria de Inteligência da Seris. “Agora, os familiares de todos os reeducandos transferidos serão devidamente comunicados da mudança”, emendou Fonseca.

O chefe de Segurança e Disciplina das Unidades Prisionais de Alagoas, Marciano Alex da Silva, por sua vez, acrescentou que a segunda fase da operação deve ocorrer dentro de 60 dias. “Nesta primeira fase, desocupamos um módulo da Casa de Custódia para destiná-lo a presos não faccionados. Na segunda, faremos uma nova transferência para de fato concentrar todos os que se declaram faccionados na Penitenciária de Segurança Máxima”, salientou o agente penitenciário.

Já ao término da operação que durou pouco mais de quatro horas e transcorreu conforme o planejado, o tenente PM Alucham Fonseca destacou o empenho dos agentes penitenciários e agradeceu – em nome do secretário de Estado de Ressocialização e Inclusão Social, coronel PM Marcos Sérgio de Freitas – a contribuição dos policiais militares. “Operações dessa natureza são muito importantes também no sentido de coibir a atuação dessas facções nas ruas, de modo a evitar que nossos jovens sejam cooptados pela criminalidade”, declarou o oficial.