Brasil

Governo confirma fim do horário de verão em 2019

Possibilidade de não adotar a mudança já havia sido adiantada por Bolsonaro nesta sexta

Por iG 05/04/2019 18h06
Governo confirma fim do horário de verão em 2019
inda segundo o porta-voz, o Ministério de Minas e Energia fez uma pesquisa para saber a opinião popular sobre o horário de verão - Foto: Internet/ Ilustração

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta sexta-feira (5) que não haverá horário de verão neste ano.  A possibilidade já tinha sido adiantada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) pela manhã, durante um café com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.

Questionado sobre a possibilidade de o cancelamento do horário de verão ser estendido, Rêgo Barros respondeu que a mudança, por ora, é válida apenas para 2019. "Esta é a posição para este ano. Para o próximo ano, faremos avaliação posterior", explicou.

Ainda segundo o porta-voz, o Ministério de Minas e Energia fez uma pesquisa para saber a opinião popular sobre o horário de verão. Pouco mais da metade (53%) dos entrevistados pediu pelo fim da mudança anual que atinge estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

De acordo com dados do ministério, o Brasil economizou pelo menos R$ 1,4 bilhão desde 2010 por adotar o horário de verão. Só entre 2010 e 2014, segundo números já divulgados, o aproveitamento da luz do sol resultou em economia de R$ 835 milhões para os consumidores.

No Twitter, Bolsonaro escreveu que estudos técnicos do governo apontam que os benefícios da adoção do horário de verão são "eliminados" por conta de fatores como iluminação mais eficiente e aumento do consumo de energia pela população. Segundo o presidente, o Ministério de Minas e Energia deve divulgar mais informações técnicas em breve.

O horário de verão foi instituído pelo então presidente Getúlio Vargas em outubro de 1931. Desde então, sua aplicação e o número de estados que o adotavam não seguiram um padrão específico. No mundo, Canadá, Nova Zelândia, Uruguai e outros 67 países, que representam cerca de um quarto da população total, aderem à mudança anualmente.