“O preso que trabalha não reincide”, afirma presidente do TJ/AL
Informação foi dada em entrevista à imprensa, na manhã desta terça (23)
“O preso que trabalha não reincide”, foi com essas palavras que o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Tutmés Airan, avaliou o acordo do Termo de Cooperação entre a Secretaria de Ressocialização (Seris) e Inclusão Social, TJ/AL e Associação Empresarial do Núcleo Industrial (Assenibo), que tem como objetivo incluir em empresas do Núcleo Industrial Bernardo Oiticica (Nibo), cerca de 200 reeducandos em cumprimento de pena no Estado. A informação foi dada em entrevista à imprensa, na manhã desta terça-feira (23).
“Os dados são indesmitíveis: o preso que traballha não reincinde. O preso um dia vai sair porque não há prisão perpétua no país. Então, qual é o produto que a gente quer devolver pra convivência social? A gente quer devolver um produtor de paz. Pra isso o preso precisa ter esperança, precisa ser qualificado, precisa vencer as dificuldades. A política prisional implementada no estado de Alagoas é uma política de destaque nacional”, informou Tutmés Airan.
Os reeducandos que trabalharão nas empresas do Nibo terão a pena reduzida e receberão um salário mínimo, que será encaminhado para suas famílias. De acordo com o titular da Seris, coronel Marcos Sérgio, os reeducandos já começam a trabalhar nas unidades em maio. "Essa é uma forma de darmos oportunidade para essas pessoas e reduzirmos ainda mais a violência no estado", ressaltou.
Na oportunidade, o presidente do TJ/AL anunciou a construção de um presídio exclusivo para dependentes químicos. "O projeto está ficando pronto. Vai ser uma parceria entre Executivo e Judiciário. É uma ideia inusitada no país, na linha de recuperação, de dar esperança, de que o preso enxergue um novo caminho, adiante, quando ganhar liberdade", disse.