MPF pede suspensão de decreto de armas de Bolsonaro
Procuradores afirmam que decreto desrespeita normas previstas no Estatuto do Desarmamento
O Ministério Público Federal (MPF) em Brasília ajuizou na Justiça uma ação em que pede a suspensão imediata e integral do decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizou as regras para o porte de armas no país.
Na ação, divulgada nesta quarta-feira, os procuradores afirmam que o decreto da semana passada extrapola o poder de regulamentação privativo do Executivo, desrespeita normas previstas no Estatuto do Desarmamento e "coloca em risco a segurança pública de todos os brasileiros".
O MPF pede à Justiça a concessão de uma liminar para suspender os efeitos do decreto. Um dos argumentos é que a comercialização de armas vai aumentar em decorrência do decreto e impactará, desde já e por décadas, o número de armas em circulação no país.
Na ação, os procuradores citam uma série de mudanças com o decreto que contraria a legislação.
Entre os questionamentos estão o fato de o porte de armas vale para qualquer pessoa em território nacional, não apenas às elencadas no Estatuto do Desarmamento; a dispensa para algumas pessoas do dever legal de demonstrar a efetiva necessidade do porte em razão de atividade profissional de risco ou de ameaça à integridade física; a permissão do uso de armas que antes eram de uso restrito; e a violação do Estatuto da Criança e do Adolescente ao autorizar crianças e jovens a praticar tiro esportivo, condicionando apenas à autorização dos pais.
"É publica e notória a intenção do chefe do Executivo, desde sua campanha eleitoral para a Presidência da República, de alterar a política nacional de armas. No entanto, o modo escolhido para fazê-lo é impróprio e está em cabal desacordo com a ordem democrática. Logo, não pode ser tolerado e tampouco aceito pelas instituições responsáveis pela manutenção da ordem jurídica do País", diz a ação do MPF.
O decreto de armas tem sido alvo de críticas e ressalvas de parlamentares e da área técnica da Câmara e do Senado -- que já apontou ilegalidades na norma -- e questionado judicialmente em outras frentes, como o Supremo Tribunal Federal.
Veja também
Últimas notícias
MPAL recebe delegadas de Proteção à Criança e ao Adolescente e apoia reestruturação de delegacia
Atalaia se prepara para uma noite de encanto, luz e emoção no dia 30 de novembro
Motta pressiona, mas PT e PL veem ser necessário adiar o PL Antifacção
Ação + Centro Novo leva dezenas de serviços gratuitos e atendimentos itinerantes à Praça Bom Conselho nesta terça (18)
Estudante de 17 anos morre após passar mal durante atividade física em escola de Palmeira dos Índios
Hackathon para mulheres abre inscrições para soluções de impacto em AL
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
