Presidente do Sintect/AL discorda de programa de desligamento voluntário
PDVs prometem proporcionar economia de R$ 2,3 bilhões por ano
O Ministério da Economia aprovou as propostas de programas de desligamento voluntário (PDV) de sete empresas estatais federais nesta quinta-feira (16). Segundo a Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, os programas devem resultar no desligamento de mais de 21 mil empregados e proporcionar economia de R$ 2,3 bilhões por ano.
O Ministério da Economia só nomeou quatro das sete empresas com propostas de PDV: Correios, Petrobras, Infraero e Embrapa. Essas companhias já tinham anunciado que pretendiam reduzir o quadro de colaboradores em 2019. A pasta não informou as outras três estatais, alegando questões estratégicas, porque caberá a cada empresa decidir se anuncia ou não o PDV.
Em entrevista ao 7Segundos, o Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL), Altanes Holanda, declara que a organização não concorda com a decisão do governo.
“O correto seria realizar concurso público para aumentar a quantidade de trabalhadores, pois hoje estamos extremamente sobrecarregados com o volume de trabalho. Medidas como essa fazem parte da agenda do governo porque primeiro precariza o serviço, diminuindo a qualidade dele e afetando a opinião pública, para depois privatizar”, afirma Holanda.
A secretaria informou que a expectativa é que os programas aprovados sejam finalizados ainda este ano. Os programas de desligamento voluntário, explicou o órgão, visam à redução de custos, com aumento da produtividade das empresas estatais.
De acordo com a secretaria, além dos sete planos aprovados, o governo estuda a adoção de mais quatro programas de empresas distintas ainda para este ano.