Deputado pedirá que Bolsonaro seja investigado após fala sobre nordestinos
O presidente Jair Bolsonaro parte para agressões e ameaças aos governadores do Maranhão, Flávio Dino, e da Paraíba, João Azevêdo.

O vice-líder do PCdoB na Câmara, deputado federal Márcio Jerry (MA), anunciou que pedirá à PGR (Procuradoria-Geral da República) que investigue o presidente Jair Bolsonaro (PSL) por declarações feitas ontem em Brasília a respeito dos governadores do Nordeste, especialmente o do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
Antes de iniciar uma entrevista para veículos nacionais e estrangeiros e aparentemente sem saber que sua fala poderia estar sendo gravada, o presidente afirmou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni: "Dentre os (ou aqueles) governadores de 'paraíba', o pior é o do Maranhão. Não tem que ter nada com esse cara".
"Representarei à PGR para apurar cometimento de crime comum, neste caso crimes de ameaça, contra a honra e racismo [em referência ao uso da palavra "paraíba", expressão pejorativa contra nordestinos usada no Rio de Janeiro]. Irei analisar também a existência de crime de responsabilidade", diz Jerry.
"O presidente Jair Bolsonaro parte para agressões e ameaças aos governadores do Maranhão, Flávio Dino, e da Paraíba, João Azevêdo. Agride dois Estados, revela uma vez mais sua arrogância. Agride de novo a democracia, se mostrando totalmente despreparado para o exercício da presidência", alega o parlamentar.
Parlamentares e governadores criticam Bolsonaro
Parlamentares que compõem a bancada maranhense no Congresso publicaram um manifesto no qual prestam solidariedade ao governador Dino. Eles afirmam que "não é aceitável na democracia que um presidente da República determine a um ministro de Estado perseguição a um ente federado por questões políticas".
Onze deputados e dois senadores assinaram o texto. Entre eles, há parlamentares do DEM, do PRB, do PL, PP, PTB, Patriotas, Cidadania, PROS, PSB, PDT, PT e PCdoB.
Governadores do Nordeste também reagiram à fala do presidente, com manifestações no Twitter e em uma carta. "Recebemos com espanto e profunda indignação a declaração do presidente da República transmitindo orientações de retaliação a governos estaduais, durante encontro com a imprensa internacional. Aguardamos esclarecimentos por parte da presidência da República e reiteramos nossa defesa da Federação e da democracia", afirma o texto, que é endossado pelos governadores de ao menos seis estados -- Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte.
Ainda em reação às declarações de Bolsonaro, a hashtag #OrgulhoDoNordeste está hoje nos trending topics do Twitter.
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