Após meses de tentativas de abrir uma mesa de negociações com o Governo do Estado, peritos criminais, médicos legistas, odontolegistas, técnicos forenses e papiloscopistas, todos servidores da Perícia Oficial do Estado de Alagoas, vão paralisar suas atividades por 24h nesta sexta-feira (09/ago).

“Se houve uma redução da criminalidade, a perícia criminal está envolvida em cada ação de segurança”, afirma Paulo Rogério representante do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas (SINPOAL). “Armas apreendidas, vestígios em local de crime, exames laboratoriais, exames em documentos, exames de DNA, exames em cadáveres, identificação humana, lesões corporais e exames em presos: todos os crimes do Estado passam pela perícia criminal”, conclui Rogério.

O movimento foi decidido em Assembleia da categoria. Segundo os integrantes da Perícia, os servidores querem discutir valorização da categoria, seguindo o modelo adotado pelo governo do Estado para as demais carreiras da Segurança Pública do Estado.

 “No momento, o que estamos pedindo ao governo de Alagoas é que escute nossas reivindicações. Até o momento, não existe sequer uma mesa de negociações com a categoria.”, afirma João Guimarães, perito odontolegal.

Durante 24 horas, a partir das 7h da manhã desta sexta feira, Os IMLs de Maceió e Arapiraca deixam de realizar necropsias e exames de corpo de delito, inclusive em presos, mantendo o atendimento apenas de vítimas de estupro. O Instituto de Criminalística vai funcionar com apenas uma equipe para cobrir todo Estado e os laboratórios não atenderão pedidos de urgência. As atividades retornam na manhã do sábado. A categoria agendou uma assembleia para a próxima semana, para discutir um indicativo de greve por tempo indeterminado.