Perícia retira peças de gerador do hospital Badim para apurar causa de incêndio
Inspeção só foi possível após água ter sido retirada do subsolo do prédio.
Foram retomados neste sábado (14), por peritos da Polícia Civil, os trabalhos para descobrir o que causou o incêndio que atingiu o Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro, na última quita (12).
Segundo o portal UOL, a perícia feita hoje, a partir de informações da própria polícia, foi um complemento da perícia que teve início ontem. Agora, é esperar o hospital entrar em contato com a empresa responsável pela manutenção do gerador, uma vez que há uma peça do equipamento que só é possível analisar após a desmontagem – e apenas a empresa poderá fazer isso. Não há previsão precisa de quando será feito esse procedimento, mas um dos peritos cogita realizá-lo já nesta segunda-feira (16).
De acordo com o portal G1, os três peritos hoje permaneceram no subsolo do prédio coletando materiais para análises durante cerca de duas horas. Várias peças do gerador de energia do hospital foram retiradas para análise.
Ao portal, o delegado responsável pela investigação, Roberto Ramos, disse que a partir dessa peça será feito "um estudo mais aprofundado para saber da manutenção e para descobrir o problema que gerou esse incêndio".
Conforme o policial, "a gente pode falar preliminarmente que foi no gerador que começou esse incêndio".
Além da causa do incêndio, a polícia quer descobrir também se o hospital tinha saídas de emergência nos padrões que a lei exige, bem como se possuía plano de fuga, e se tudo foi executado devidamente. Essas perguntas ainda não têm respostas no inquérito instaurado para investigar o caso.
Ao todo, o fogo iniciado na noite de quinta provocou as mortes de 11 pessoas.
Após a análise das imagens do circuito interno de câmeras, a polícia já sabe que o incêndio começou em um gerador que fica no subsolo.
Água dificultou trabalho da polícia
Nessa sexta, uma equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) esteve no hospital, mas as condições no local não eram adequadas: havia muita água acumulada e pouca iluminação. A água começou a ser bombeada do local por volta das 18h.
As vítimas do incêndio no Badim permanecem internadas em 12 hospitais do Rio. O diretor do hospital disse nessa sexta que 77 pacientes haviam sido transferidos após o incêndio. Vinte funcionários também estão internados.
Os mortos na tragédia tinham idades entre 66 e 96 anos.
O Badim é um hospital particular que integra a Rede D’Or São Luiz. O prédio que pegou fogo foi construído há 19 anos no Maracanã. Outro prédio, anexo a ele, foi inaugurado em 2018. Ao todo, o complexo hospitalar tem 15,7 mil m² de área construída, 128 leitos de internação, 32 leitos de tratamento intensivo e cinco salas de centro cirúrgico, segundo o site da instituição.
A direção do hospital informou ter criado um comitê de apoio para atender familiares de pacientes e funcionários. Foram criados ainda o número de Whatsapp (21) 97101-3961 e o e-mail [email protected] para que os familiares de vítimas possam receber informações sobre sua localização.
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