Representantes do Movimento dos Povos das Lagoas solicitaram, nesta segunda-feira (21), ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, que o Judiciário intermedeie o diálogo entre os moradores da orla lagunar com autoridades do Poder Executivo estadual e municipal.

Entre as principais reivindicações dos moradores estão melhorias no transporte público, limpeza, iluminação, segurança e elaboração de projetos sociais e culturais para a região. Segundo Rogério Dias, articulador do movimento, os moradores entendem que a orla lagunar está apartada das outras áreas de Maceió e desejam torná-la em um espaço de lazer como é a orla marítima.

“A gente tem a intenção de reintegrar a orla lagunar à cidade de Maceió. Nós estamos dialogando com todas as autoridades e as instituições que a gente tem acesso e o Tutmés tem o conhecimento da gente, sabe da nossa luta e compromisso com a Lagoa Mundaú. E nós viemos aqui solicitar a ele que seja mediador na relação com o estado e o município porque nós precisamos fazer com que a região da orla lagunar de Maceió tenha as condições que qualquer lugar tenha para ser saudável socialmente e higienicamente precisa que o Poder Público faça sua tarefa lá”, explicou o Rogério Dias.

Para o presidente Tutmés Airan, ouvir as demandas da população é um dos deveres do Poder Judiciário. “Estamos cumprindo nosso papel que é ouvir e dar eco a voz deles e tentar intermediar soluções, alternativas sobretudo para os problemas mais imediatos. O que a gente pode fazer nesse momento é destruir muros e construir pontes entre nós e os outros poderes, entre os moradores e os outros poderes, principalmente no que diz respeito a problemas de segurança pública e transporte coletivo”, disse.