Polícia

Criminalística inicia exames de DNA em casos de estupro que podem ter sido cometidos por pm

Amostras serão confrontadas com o material genético de suspeito

Por Assessoria 19/11/2019 13h01
Criminalística inicia exames de DNA em casos de estupro que podem ter sido cometidos por pm
Nessa primeira etapa, a Doutora Rosana Coutinho irá extrair material genético dos swabs de 11 vítimas de estupros. - Foto: Assessoria

O Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Alagoas confirmou na manhã de hoje (19), que recebeu os materiais biológicos das vítimas de estupro, cujo suspeito é o soldado da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) Josevildo Valentim dos Santos Júnior. A partir de agora será iniciado a primeira etapa do exame de DNA para comprovar os crimes.

A chefe do Laboratório Forense, a perita criminal, Dra. Rosana Coutinho, explicou que os materiais biológicos foram coletados por meio de swabs durante os exames de corpo de delito realizados nas vítimas no Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima. Essas amostras serão confrontadas com o material genético fornecido pelo PM suspeito, que também já foi coletado por um perito criminal.

“Ao todo, até o momento recebemos a solicitação para realizar o exame de DNA em 12 casos de estupro, ocorridos desde 2013 até este ano, entre eles o caso da jovem Maria Aparecida Pereira que também foi morta pelo suspeito. No entanto, serão realizados apenas 11 exames já que uma das vítimas não compareceu ao IML para fazer o exame de lesão corporal”, disse Rosana Coutinho.

Segundo a chefe do Laboratório, nessa primeira etapa, os swabs com os materiais das vítimas e do agressor passarão pela extração do material genético. Após isso, o DNA extraído será quantificado para determinar a qualidade do DNA de cada amostra, separando o material feminino do masculino.

Em seguida esse DNA será amplificado para determinar os marcadores genéticos que são usados pela comunidade cientifica forense mundial. A partir daí, o material será amplificado e genotipado para obtenção dos perfis genéticos que serão confrontados com o perfil genético do soldado da PM Josevildo.

“Em caso de coincidência do perfil genético do suspeito com o perfil masculino presente nas amostras das vítimas, será realizado um cálculo estatístico para se estabelecer a probabilidade desse material pertencer ao suspeito”, afirmou a doutora.

Josevildo Valentim foi preso após estuprar e assassinar a jovem Maria Aparecida e deixar o namorado da jovem gravemente ferido. Após sua identificação, várias outras vítimas de estupro denunciaram o militar que permanece detido no Presídio Militar.