Integrantes do NASF buscam apoio dos vereadores contra medida do governo federal
Parlamentares vão intermediar reunião com secretário de Saúde de Maceió e mobilizar bancada federal
Uma comissão de integrantes do Núcleo Ampliado da Saúde da Família (NASF) se reuniu nesta terça-feira (19) com um grupo de vereadores, após os trabalhos legislativos do dia na Câmara Municipal de Maceió, para pedir apoio dos parlamentares contra o corte nos recursos feitos pelo governo federal que vai impactar no trabalho de Atenção Primária e equipes do Programa Saúde da Família (PSF), por exemplo.
Os profissionais pediram que os vereadores marquem encontro com o secretário municipal de Saúde de Maceió, José Thomas Nonô, para garantir que os recursos – até então enviados especificamente para o setor e que a partir de 20 de janeiro serão destinados à Atenção Primária de forma geral – sejam repassados para o NASF no combate e prevenção de doença e na promoção da saúde.
Segundo um dos representantes dos profissionais, o psicólogo Farley Melo, o objetivo do governo federal é acabar com o Sistema Único de Saúde.
“Essa é uma medida que tem como objetivo o desmonte das políticas públicas em Saúde e o fim do SUS. Equipes multidisciplinares vão ser, aos poucos, desmontadas, e pessoas carentes vão deixar de ser atendidas. Entendemos saúde não só como o atendimento em si, mas um tripé que abrange questões físicas, sociais e psicológicas. Por isso, viemos aqui para que os vereadores possam nos ouvir e intermediar um encontro com o secretário de Saúde de Maceió”, destacou o psicólogo.
O presidente da Casa, Kelmann Vieira (PSDB), e os vereadores Silvânia Barbosa (PRTB), Maria Aparecida (DEM), Ana Hora (PSD), Beto da Farmácia (PROS), Lobão (PR), Mauro Guedes (PV) Cleber Costa (Progressistas) e Francisco Sales (PPL), ouviram os membros do NASF e se mostraram sensibilizados com os desdobramentos que as medidas do governo federal podem resultar no setor.
“O corte de verbas para a Saúde de fato preocupa. Por outro lado, sei que vocês entendem as limitações que a legislação nos impõe, e o que podemos fazer é articular para um encontro com o secretário José Thomas Nonô e também buscar mobilizar a bancada federal de Alagoas em Brasília para sabermos que tipo de medida pode ser adotada para frear esse desmonte”, disse Kelmann.