?Tutmés Airan reforça que mulheres devem denunciar violência doméstica
Presidente do TJAL acompanhou os trabalhos da Semana da Justiça pela Paz em Casa no Juizado da Mulher de Maceió

“O medo e a vergonha não resolvem nada. Provocam o silêncio, que é um impulsionador da violência. Venham aqui, as portas estão abertas”, disse o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan, em mensagem às mulheres vítimas de violência doméstica, nesta terça (10).
O desembargador acompanhou os trabalhos da Semana da Justiça pela Paz em Casa no Juizado da Mulher de Maceió, que tem mais de 100 audiências pautadas até sexta-feira. Airan considera que a atuação do Juizado evita o agravamento da violência e os feminicídios. “Os juízes que atuam aqui dispõem do mecanismo legal das medidas protetivas, dadas cautelarmente para evitar o pior”.
O presidente também ressaltou que o Judiciário hoje não trabalha apenas no processo judicial em si, mas presta apoio psicossocial para as vítimas. A assistente Social Monique Santos relata que as mulheres chegam ao juizado sentindo medo e buscando a garantia de afastamento do agressor, por meio das medidas protetivas.
“Muitas vezes o estado emocional da mulher é de medo, de tensão. As psicólogas oferecem muito suporte nesse primeiro momento. É uma questão muito complexa, ela chega aqui muito confusa. Muitas delas não compreendem a questão da punição, muitas querem mesmo é o afastamento”.
Monique observa que às vezes as vítimas perdoam e acreditam que o homem vai mudar de comportamento, mas isso acaba levando a uma “espiral” que perpetua a violência e o relacionamento abusivo.
“Muitas vezes ela não gosta da violência, mas gosta da pessoa e reconhece o valor como pai e provedor. É muito conflituoso, é uma problemática difícil, mas a gente está aqui para dar esse suporte”, explica a assistente.
O juiz Paulo Zacarias, titular do juizado frisa que o trabalho é intenso o ano inteiro, mas durante a Semana da Justiça pela Paz em Casa os órgãos da Justiça fazem um esforço concentrado, que também serve para chamar a atenção da sociedade para o problema.
“O Tribunal manda mais juízes, o Ministério Público mais promotores e a Defensoria mais defensores, e a gente tem condições de atender uma demanda maior de processos. É uma maneira também de a gente dar visibilidade de combate à violência doméstica”, salienta o magistrado.
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