Fecomércio prevê prejuízo de R$ 1,6 bilhão com prorrogação da quarentena
Estabelecimentos comerciais seguem fechados em cumprimento a decreto estadual
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL) lamenta a decisão do Governo do Estado em prorrogar, até o dia 20 de abril, a paralisação das atividades comerciais no estado. Segundo a entidade, com o novo decreto, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão nas atividades do setor terciário (comércio e serviços).
Por meio de nota enviada à imprensa, na manhã desta terça-feira (07), a Fecomércio/AL diz reconhecer o momento difícil pelo qual passa a sociedade e a importância de somar esforços no combate à pandemia do Covid-19. Entretanto, defende que é preciso encontrar um equilíbrio entre os interesses econômicos e sociais.
Um levantamento da assessoria econômica da Fecomércio já apontou que, excluindo serviços essenciais não afetados com a suspensão (eletricidade, água, gás, esgoto, alimentação e serviços de saúde privados), estima-se uma perda diária de R$ 53 milhões nas atividades do Comércio e de Serviços. Com a prorrogação até o dia 20 de abril, o prejuízo acumulado será de R$ 1,6 bilhão.
Conforme a entidade, o setor terciário representa, em Alagoas, 49% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo responsável por empregar 66% dos trabalhadores celetistas e por 83,33% dos empreendimentos existentes, respondendo por 44% da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado.
"Com uma participação tão ativa na economia, não há dúvidas de que uma paralisação massiva, embora voltada a um bem maior, afeta os negócios e prenuncia uma recessão. Por isso, desde a publicação do Decreto Legislativo nº 6, no dia 20 de março, a Fecomércio posiciona-se frente ao governo contra a prorrogação do não funcionamento das empresas", diz trecho da nota.