Após 8h de depoimento, Sérgio Moro deixa sede da PF em Curitiba
Ex-juiz foi à Polícia Federal acompanhado de Rodrigo Sánchez Rios, que já atuou para o empreiteiro e o ex-presidente da Câmara, ambos presos na Lava Jato

O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, deixou a sede da Polícia Federal em Curitiba por volta das 22h deste sábado (02), após passar cerca de 8h prestando depoimento no inquérito policial que foi instaurado após ele fazer acusações ao presidente Jair Bolsonaro ao deixar o governo. Durante a manhã, a entrada do prédio da PF virou palco de protestos, com grupos em apoio ao ex-juiz da Lava Jato e outros a favor de Bolsonaro.
O ex-ministro chegou ao local por volta das 13h15, mas entrou pelos fundos, frustrando a expectativa de manifestantes. Ele chegou acompanhado do advogado Rodrigo Sánchez Rios, que já atuou para o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos presos na Lava Jato. A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim. O depoimento começou por volta das 14h e acabou perto das 22h. À noite, foram pedidas pizzas no prédio da PF para servir as equipes.
Além de reiterar as acusações feitas ao saír do governo, Moro disse que apresentaria novas provas do que havia afirmado sobre a tentativa de ingerência de Bolsonaro na Polícia Federal. O presidente, disse ele ao pedir demissão, queria a troca de comando para ter acesso a investigações em andamento.
Além de ter sido chamado de "Judas" por Jair Bolsonaro, o ex-juiz também foi criticado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que lembrou que ele vazou a delação premiada de Antonio Palocci, antes do segundo turno da eleição presidencial, para favorecer Jair Bolsonaro.
Acusações de Moro
Mensagens trocadas pelo ex-ministro e reveladas pelo Jornal Nacional na semana passada mostram que a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) tentou convencer Moro a permanecer no cargo, em meio à polêmica envolvendo a troca de comando da Polícia Federal.
A parlamentar se ofereceu para tentar convencer o presidente da República a indicá-lo para uma vaga de ministro do STF. Moro deixou o governo após Bolsonaro ter demitido o delegado Maurício Valeixo do comando da PF.
O pedido de redução do prazo para que Moro fosse ouvido foi enviado ao STF na tarde de quinta-feira (30) por três parlamentares: o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e os deputados Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES).
“A gravidade das acusações dirigidas ao presidente da República, em nosso entendimento, somada à grave crise política pela qual atravessa o país, leva a crer que o prazo de 60 (sessenta) dias para a realização da diligência em tela pode se demonstrar excessivo, mormente porque o prolongamento da crise política resulta em prejuízos para o combate às concomitantes crises na Saúde e na Economia. Nesse sentido, a elasticidade do prazo concedido pode redundar em iminente risco de perecimento das provas”, argumentaram os congressistas.
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