É falso que uso prolongado de máscara de proteção causa intoxicação e tontura
Médica explica, ainda, que nenhum tipo de material usado na fabricação das máscaras traz danos à saúde
Tem circulado em grupos de WhatsApp uma mensagem com informações falsas sobre o uso prolongado de máscaras de proteção, que poderia provocar intoxicação nas pessoas. A informação é falsa e foi rebatida por médicos.
A pneumologista Fátima Alécio, médica da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, explica que o uso prolongado da máscara não gera qualquer tipo de intoxicação no usuário. “Se intoxicasse eu estaria morta, pois trabalho com pacientes com tuberculose e uso máscara a minha vida inteira. A maioria dos médicos usa com muita frequência também, desde sempre”, esclarece.
Segundo o conteúdo compartilhado, o uso de máscara por várias horas poderia gerar hipóxia, que é quando as taxas de oxigênio diminuem nos tecidos orgânicos do corpo. “O uso prolongado da máscara produz hipóxia. Respirar repetidamente o ar expirado se transforma em dióxido de carbono, e é por isso que nos sentimos tontos. Isso intoxica o usuário e muito mais quando ele deve se mover, realizar ações de deslocamento. Causa desconforto, perda de reflexos e pensamento consciente”, diz um trecho da mensagem.
A médica Fátima Alécio explica que nenhum tipo de material usado na fabricação das máscaras, de uso dos profissionais da saúde ou da população, traz danos à saúde. “Não tem nenhum tipo de tecido de máscara que possa intoxicar, o máximo que pode acontecer é irritar um pouco a pele, o que está ocorrendo com os colegas que usam por longos períodos. Mas isso não é nada, um esparadrapo resolve. Uso a N95 todos os dias da minha vida, durante os 25 anos de profissão, e nunca me aconteceu nada”, enfatiza.
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