Conselho alerta para o uso da dexametasona na fase leve da Covid-19
Uso indiscriminado aumenta a capacidade de infecção e desenvolvimento de sintomas
Um estudo realizado pela Universidade de Oxford divulgado no início desta semana que comprova a eficácia da dexametasona na redução das mortes por Covid-19 trouxe um alerta do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas (CRF/AL) sobre o uso deste medicamento fora do ambiente hospitalar.
O secretário-geral do CRF/AL, Daniel Fortes, explica que desde o início da pandemia, os corticosteróides, como a dexametasona, metilprednisolona e hidrocortisona vêm sendo utilizados em quase todos os protocolos para tratamentos das formas graves da COVID-19, para combater a inflamação mais intensa provocada pelo vírus no organismo. “O uso deste medicamento sempre foi defendido pela maioria dos profissionais que trabalham com informações baseadas em evidências para pacientes internados e em tratamento com ventilação mecânica”, pontuou.
Daniel ressalta que o uso de corticosteróides, como a dexametasona, na fase viral da COVID-19, quer por via oral ou injetável diminui a resposta imunológica do usuário, podendo aumentar a capacidade de infecção e desenvolvimento de sintomas, incluindo os graves.
O farmacêutico lembra que este é um medicamento que só pode ser comprado com prescrição médica, mesmo assim, segundo ele, a preocupação que a população corra às farmácias para comprar o medicamento como forma de prevenção é enorme.
Vale lembrar que quando estudos como esse são divulgados, a população corre para as farmácias. Em Maceió, Vitamina C e hidroxicloroquina chegaram a faltar em estabelecimentos.