Justiça

Atividades presenciais no Judiciário devem retornar de maneira gradual, defende corregedor

Fernando Tourinho participou de live nessa quarta-feira (17)

Por Assessoria 18/06/2020 09h09
Atividades presenciais no Judiciário devem retornar de maneira gradual, defende corregedor
Live ocorreu nesta quarta-feira (17), no Instagram do curso de Direito do Cesmac - Foto: Itawi Albuquerque

O corregedor-geral da Justiça de Alagoas, Fernando Tourinho, defendeu que o retorno das atividades presenciais no Judiciário ocorra de forma gradual. "Temos que ir aos poucos. Não adianta abrir o fórum e uma multidão aparecer lá", afirmou o desembargador durante live nesta quarta-feira (17).

Segundo o corregedor, as atividades presenciais podem começar, inicialmente, com as audiências criminais envolvendo réus presos. "Eu iniciaria com essas audiências, que foram um pouco prejudicadas por conta da pandemia, e precisam ter a instrução concluída", afirmou. 

Para o desembargador, deve haver um equilíbrio entre a atividade presencial e o serviço remoto no período pós-pandemia. "Quando voltarmos a trabalhar, vamos atender as partes de maneira presencial, fazer as audiências presenciais, mas algumas coisas poderão continuar sendo feitas de forma remota". Uma delas, defendeu Fernando Tourinho, é o casamento por videoconferência.

"O casamento virtual evita aglomerações e é, na verdade, uma ferramenta a mais. Ele não inviabiliza que mais tarde alguém queira casar de forma presencial", destacou.

O desembargador conversou com o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) e professor de Direito do Cesmac e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Filipe Lôbo. Durante a live, foram debatidas ainda ações da Corregedoria e os desafios do Poder Judiciário.

Para Fernando Tourinho, a Justiça precisa ser mais ágil, mas sem perder a qualidade. "Penso que o nosso grande desafio é dar vazão aos processos. Os magistrados têm uma carga de trabalho gigantesca e é importante que a sociedade veja isso. É importante também a questão da conciliação, que muitas vezes resolve o problema antes que ele ingresse no Judiciário. Precisamos, cada vez mais, criar mecanismos para melhorar os nossos serviços", concluiu.