Pandemia: mortes por doenças respiratórias crescem mais entre pretos e pardos do que entre brancos, em AL
O índice é muito superior ao registrado entre todas as outras raças.
O número de registros de mortes por doenças respiratórias entre a população declarada preta e parda cresceu cerca de 28% durante os meses da pandemia em Alagoas, se comparado ao mesmo período do ano anterior. O indíce é muito superior ao registrado entre todas as outras raças.
Os dados são do Portal da Transparência, divulgados nesta segunda-feira (13), com base em registros de óbitos feitos nos cartórios do país.
Os números são de mortes ocorridas entre 16 de março e 13 de julho de 2020, e mostram que os registros de mortes por doenças respiratórias cresceram 28% no período.
No recorte por raça, as mortes registradas em Alagoas por Insuficiência Respiratória, Pneumonia, Septicemia e Síndrome Respiratória Grave (SRAG) mataram:12,2 % mais pardos, 15,8 % mais pretos, 1,5% mais indígenas,2,6% mais amarelos e 1,2% mais brancos.
Mortes por covid-19
Ainda de acordo com os dados, apesar de apresentar menor porcentagem de pessoas contaminadas em comparação com o número de brancos, negros se igualam na taxa de letalidade do Covid-19: para cada 4,76 negros contaminados, 1,18 morre. Já os brancos, para cada 8,99 contaminados, os mesmos 1,18 morre.
Entre 16 de março e 13 de julho foram registrados, 282 óbitos de pessoas brancas, 840 óbitos de pessoas pardas, 212 óbitos de pessoas pretas6 óbitos de pessoas amarelas e 3 óbitos de pessoas indígenas.