Justiça
Meta 9: plano de ação do TJAL vai priorizar combate à violência contra a mulher
Além de iniciativas de conscientização, plano propõe a capacitação de magistrados e servidores
16/07/2020 20h08
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) apresentou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), nesta quinta-feira (16), plano de ação voltado para o cumprimento da Meta 9/2020 do CNJ. A proposta foca no combate à violência doméstica contra a mulher, relacionado a um dos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas.
Além de ações de conscientização (palestras, distribuição de panfletos e cartilhas), o plano propõe a capacitação de magistrados, servidores e parceiros para lidarem com situações de violência contra a mulher. O acompanhamento de famílias em situação de violência doméstica (projeto Filhos de Maria) também faz parte dos trabalhos.
A desjudicialização dos casos de violência doméstica (resolução do conflito por meio da mediação ou conciliação) também integra o plano do TJAL. O Juizado da Mulher da Capital já conta com um espaço onde é possível a resolução pré-processual.
"Escolhemos o tema da violência doméstica porque já há um trabalho em curso. O Judiciário de Alagoas prioriza o combate à violência contra a mulher", afirmou o juiz José Miranda Santos Júnior, responsável pela coordenação do projeto.
O plano envolve ainda a aplicação de técnicas da Justiça Restaurativa e o aumento do julgamento e da baixa de processos de violência doméstica. Isso será feito por meio do levantamento de processos pendentes de julgamento, monitoramento e fortalecimento das ações na Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa, promovida pelo CNJ com apoio dos Tribunais.
"Estamos progredindo muito. O Juizado da Mulher de Maceió já foi apontado como um dos piores, e hoje estamos numa situação mediana. Acredito que em mais um ano e meio estejamos na frente", destacou o juiz que, junto com o assessor-chefe da Assessoria de Planejamento do TJAL (APMP), Clóvis Gomes, apresentou o plano à conselheira Maria Tereza Uille Gomes, do CNJ.
As ações do plano têm apoio do presidente do Tribunal, Tutmés Airan, e do gestor das metas nacionais no âmbito do TJAL, desembargador Domingos de Araújo Lima Neto. A APMP dá suporte aos trabalhos.
A Meta 9/2020 do CNJ busca fazer com que os Tribunais integrem essa agenda às suas atividades e realizem ações de prevenção ou desjudicialização de litígios voltadas aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030. O objetivo escolhido pelo TJAL foi o 5º (Igualdade de gênero).
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