Feira é instalada sem aviso na frente da casa de moradores do Graciliano
Eles foram surpreendidos com barracas na porta da residência
Moradores da Avenida Júlia Camelo Freitas foram surpreendidos com marcações na porta de casa na semana passada. Nessa sexta-feira (17), feirantes começaram a instalar as barracas para o final de semana quando acontece a Feira do Village Campestre.
As informações são da moradora Aroldina Costa, que mora há mais de 20 anos na região.
De acordo com ela, ninguém foi avisado previamente que a feira, que acontecia em parte da Avenida Tancredo Neves, no Conjunto Village Campestre, seria realocada para outro trecho da rua e para a porta de casa deles.
Segundo o relato, a ferinha havia migrado para a “Quadra E” do Conjunto Graciliano Ramos, mas a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária (SEMSCS) teria barrado e eles acabaram indo parar na Avenida Júlia Camelo de Freitas.
“Sem nenhum aviso. Ninguém entrou em contato com a gente. Eles disseram que foi autorizado pela SEMSCS, mas não mostraram nenhum documento”, disse.
Aroldina Costa explicou que, além de residências, a feira também prejudicaria uma transportadora que fica no local. Ainda de acordo com ela, a associação dos moradores também não tem tentado resolver problema.
“Sem feira já tem mosca, já tem ratos gigantes. Não temos nada contra os feirantes, mas estamos sendo prejudicados. A feira desvaloriza o imóvel se um dia quiser vender. Se custar 100 mil , seria vendido por 30 mil”.
Em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) informou que realizou ordenamento da feira durante o fim de semana.
Confira nota:
Na última sexta-feira(17), sábado(18) e domingo (19), a Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (Semscs) fez o ordenamento na Feira do Conjunto Graciliano Ramos, localizado na Via Expressa da capital. O objetivo era coibir obstruções do passeio e da via pública com equipamentos dos feirantes e evitar os transtornos para a comunidade local, pois a locomoção e o acesso a suas residências estavam em risco nos dias de funcionamento da feira.
Fiscalização e Guarda Municipal atuaram juntas organizando, provisoriamente, os feirantes em parte da Travessa e da Avenida Tancredo Neves. Dessa forma, ficaram livres a Avenida E e suas interseções com as seguintes ruas: Rua 17 com Rua Pedro Nepomuceno da Silva; Rua 18 com Rua 22; Rua 19 com Rua 23 e Rua 20 com Rua 24.
Nos dois finais de semana que antecederam o ordenamento, os técnicos da Secretaria fizeram vistorias para verificar como garantir a acessibilidade de quem reside no local e como distribuir melhor o espaço entre as bancas, de forma que os feirantes não perdessem a oportunidade de comercializar seus produtos e as garagens das residências pudessem ficar livres.
As adequações foram feitas aproveitando as condições existentes no terreno e a própria estrutura dos feirantes. Situações pontuais foram resolvidas com diálogo e sem conflito. Se necessário, novos ajustes serão realizados.
As equipes de fiscalização atuaram com apoio da Guarda Municipal e da Polícia Militar. A Secretaria de Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) também enviou pessoal para apoio.