Venda de ativos da Petrobras em AL pode trazer impactos negativos
Companhia anunciou venda de sete concessões no estado

Em junho, a Petrobras anunciou que iria vender a totalidade de sua participação em um conjunto de sete concessões de campos de terra e águas rasas localizadas em Alagoas.
Além das concessões e instalações de produção, a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas também será vendida.
Nessa terça-feira (04), com apoio do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro), um grupo de trabalhadores realizou um protesto contrário à “privatização” da empresa.
Em entrevista ao 7Segundos, a técnica de petróleo e gás e uma das diretoras do Sindicato, Rosseliny Vieira, disse que o processo de desmobilização e remanejamento de pessoal já teve início. São 175 funcionários da Petrobras em Alagoas, fora os terceirizados.
“O plano da empresa é realocar as pessoas para as refinarias, mas acontece que as refinarias também estão passando por um processo de venda. A Petrobras está destinando todos os recursos para o pré-sal. Somos contra venda porque o ativo de Alagoas sempre foi lucrativo, sempre teve destaque com os menores custos de produção do Brasil”, afirmou.
Para Rosseliny Vieira, a venda também trará impactos negativos por causa da mudança nas regras da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). “Empresas de pequeno e médio porte, que são as que estão interessadas em Alagoas, vão ter que pagar menos royalties”
“A gente se preocupa com a questão ambiental também. Os poços são bem próximos à Lagoa Manguaba. A Petrobras é uma empresa de referência mundial, tem muita preocupação com o meio ambiente. Uma empresa de pequeno porte talvez não tenha norral nisso. Tememos por tragédias”.
O economista e professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Cícero Péricles, explicou que a venda não trará mudanças no preço de combustíveis e gás natural.
Também disse que a produção de petróleo é inexpressiva no estado, já a de gás tem expressividade apenas regionalmente. No entanto, ele acredita que a venda dos ativos da Petrobras não será benéfica para Alagoas.
“Não deveria vender, pois continua sendo uma empresa rentável. E é estratégica no sentido da defesa da economia. É importante que a empresa permaneça estatal porque pode fazer políticas particulares no Brasil”, disse.
Polo de Alagoas
O Polo Alagoas compreende sete concessões de produção (Anambé, Arapaçu, Cidade de São Miguel dos Campos, Furado, Paru, Pilar e São Miguel dos Campos), todas localizadas no estado de Alagoas. O campo de Paru está localizado em águas rasas, com lâmina d’água de 24 metros. Os demais campos são terrestres.
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