Os efeitos de flexibilização em Alagoas já começam a ser sentidos, segundo o novo boletim do Observatório Alagoano de Políticas Públicas para o enfrentamento da covid-19. O estudo aponta para aumento na transmissão do novo coronavírus, sugerindo descontrole da situação no Estado.

A análise aponta que entre 26 de julho e 1º de agosto, foi registrado o segundo maior número de casos de infectados, chegando a 22%.

Seis das 11 regiões de saúde de Alagoas apresentaram aumento no número de novos casos. A mais preocupante foi o litoral norte que quadruplicou o número de infectados.

Já Maceió, que iniciou a fase amarela no último dia 20, também voltou a apresentar um aumento no número de novos casos ao longo da 31ª semana, chegando a 15% a mais.

Apesar do avanço do número de infectados, o boletim do Observatório mostra que os hospitais estão mais esvaziados. Houve redução na ocupação dos leitos exclusivos para tratamento da covid-19 na rede pública de saúde alagoana, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau).

A queda também foi registrada no número de óbitos. Segundo o documento, a 31ª Semana Epidemiológica resultou em 10% menos notificações de mortes por covid-19 no território alagoano, mantendo a tendência do período anterior.

Os pesquisadores reforçam a necessidade de efetivar a fiscalização de estabelecimentos comerciais e religiosos, os quais se configuram como pontos críticos de aglomeração de pessoas. E a necessidade da rigorosa adoção das medidas previstas nos protocolos sanitários.