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Mulher acha cobra em saco de laranja comprado em mercado: 'Gritei muito'

Animal da espécie 'falsa coral' não é venenoso e foi solto na natureza. Rede Atacadista apura caso.

Por G1 25/09/2020 10h10 - Atualizado em 25/09/2020 10h10
Mulher acha cobra em saco de laranja comprado em mercado: 'Gritei muito'
Mulher encontra cobra em saco de laranja comprado em rede atacadista de Mogi: 'Gritei muito' - Foto: Reprodução

Uma moradora de Mogi das Cruzes levou um susto ao ver uma cobra saindo do meio do saco de laranjas que tinha acabado de comprar em uma rede atacadista. A tosadora afirma que frutas foram transportadas até a sua casa no banco de trás do carro, junto com o filho de 10 anos. “Eu gritei muito ao ver e meu filho ficou assustado", contou.

A rede Atacadão afirmou que "lamenta o ocorrido com a consumidora e informa que, prontamente ao tomar conhecimento do caso, iniciou uma rigorosa apuração em sua unidade Mogi das Cruzes".

A tosadora Lorene Lourenço conta que fez as compras em um atacadista no sábado (19). “Tirei as compras do carro e coloquei em cima da mesa. O saco de laranja ficou no chão. Eu disse para a minha funcionária pegar algumas laranjas. A gente estava conversando, quando vimos a cobra saindo do saco”, explica Lorene.

Um parente de Lorene cortou uma garrafa PET e esperou a cobra entrar no recipiente e a prendeu.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que a cobra foi retirada do imóvel pelo Cento de Controle de Zoonoses (CCZ). Segundo a administração municipal, ela é da espécie conhecida como "falsa coral", que não é venenosa, e foi solta na natureza.

A tosadora contratou um advogado para processar o atacadista. “O supermercado tem responsabilidade independente da cobra ser venenosa ou não”, afirma Lorene.

O advogado explica que o comércio tem a responsabilidade e o dever de vigiar e fiscalizar as mercadorias. “Não pode pegar um produto direto do fornecedor sem examinar. Há produto que a embalagem é lacrada não dá para examinar, mas não é o caso do saco de laranja”, destaca Beraldo.

Ele afirma que vai ingressar uma ação de danos morais por conta do medo e desespero que Lorene passou ao descobrir o animal peçonhento no meio das laranjas. Segundo o advogado, ele vai pedir uma indenização de 40 salários mínimos.

A rede atacadista acrescentou em nota que tem compromisso com um rígido protocolo de segurança alimentar em todas as unidades. "Também estamos comprometidos a prestar todo suporte necessário à cliente, mas até o momento não fomos procurados", afirmou em nota.