A utilização do Instagram como ferramenta de educação em saúde acerca do tratamento farmacológico da covid-19, destacou a Universidade Federal de Alagoas no cenário científico internacional. No mais recente Congresso Internacional de Farmácia On-line (Conifar), o Grupo de Pesquisa em Farmacoterapia das Doenças Crônicas (GFADOC), coordenado pela professora Eliane Campesatto, obteve o primeiro lugar na Área Diversos. Foram submetidos ao evento um total de 100 resumos científicos e os dez melhores de cada área foram escolhidos para apresentação oral durante realização virtual do congresso.

O Grupo GFADOC da Ufal é vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) e participou do evento com o trabalho denominado de Utilização do Instagram como Ferramenta de Educação em Saúde Frente ao Tratamento Farmacológico da covid-19: Relato de Experiência. Integram o grupo estudantes de graduação em Farmácia e Odontologia, mestres e mestrandos em Ciências Farmacêuticas pela Ufal.

Ao explicar o Relato de Experiência de interação com a sociedade, a coordenadora Eliane Campesatto destaca que notícias sobre a covid-19 são rapidamente publicadas e compartilhadas nas redes sociais. Por serem de fácil acesso e se tratando de uma doença sem tratamento farmacológico específico, segundo a pesquisadora, é necessário fazer a educação em saúde por meio das informações fidedignas e evidências científicas atualizadas. O trabalho foi desenvolvido na página do instagram do grupo de pesquisa (@gfadoc.ufal).

“Já realizamos 21 publicações abordando farmacocinética, farmacodinâmica, contraindicações, interações medicamentosas, efeitos e reações adversas, toxicidade e atualizações sobre 19 tratamentos farmacológicos da covid-19”, informa.

Segundo Eliane, de acordo com dados retirados do Instagram, as publicações realizadas pelo GFADOC já obtiveram uma média de alcance de 1.677 contas únicas e média de impressões de 2.218 visualizações, além do aumento no número de seguidores, incluindo acadêmicos, pesquisadores e profissionais de saúde.

Ela acrescenta que, entre os tratamentos farmacológicos que obtiveram maior alcance estão a Ivermectina (mais de 4.000 alcance), Dexametasona e Oseltamivir, ambos com mais de 2.000 de alcance. Em relação às impressões, tem-se a Ivermectina com mais de 5.500, Oseltamivir e Nitazoxanida, ambos com mais de 2.500. “Esses dados nos mostram que a busca pela informação é maior sobre os medicamentos que estiveram na corrida pela procura em farmácias e drogarias e que muitas vezes são utilizados sem a orientação de um profissional de saúde”, enfatiza Eliane.

Sobre o que representa para o grupo de pesquisa ter o relato de experiência recebido um prêmio internacional, Eliane diz significar reconhecimento, relevância e contribuições para a sociedade. Ainda, que é possível realizar a educação em saúde de forma virtual, tendo o Instagram como uma ferramenta para disseminar conhecimento e promoção da saúde. “A importância da ação científica para a sociedade consiste em esclarecer, colaborar e divulgar as principais evidências científicas para que a comunidade tenha acesso à informação do tratamento mais adequado, eficaz e seguro para a covid-19”.

Aproveita para fazer um destaque sobre ação científica premiada em andamento: “É um trabalho contínuo e em expansão. Fazemos o levantamento de ensaios clínicos em andamento e/ou concluídos, pesquisa de estudos publicados em revistas científicas, interpretação e divulgação das informações em linguagem simples. Vale salientar, que os visitantes podem sanar suas dúvidas em cada publicação”.

O Congresso Conifar, realizado de 21 a 25 de setembro, foi promovido pelo Centro Universitário Cesmac e contou com participação de palestrantes nacionais e internacionais, com premiações a trabalhos científicos nas seguintes áreas: Fármacos e Medicamentos, Assistência Farmacêutica, Análises Clínicas e Toxicológicas/Cosméticos e Alimentos e Diversos.

Atividades

O Grupo GFADOC tem como objetivo a elaboração de estratégias para implantação de cuidados farmacêuticos a pacientes portadores de doenças crônicas transmissíveis e não transmissíveis do estado de Alagoas. Com postagens regulares sobre as ações promovidas, assim como, projetos de pesquisa e de extensão, as atividades dos pesquisadores podem ser acompanhadas por meio do instagram @gfadoc.ufal.