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Covid: Brasil volta a somar mais de 800 mortes e 50 mil casos em 24 horas

O Brasil contabilizou, nas últimas 24 horas, 842 mortes devido à covid-19 e voltou a ultrapassar os 50 mil casos diários de infeção (51.088), informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.

Por Notícias ao minuto 08/12/2020 19h07
Covid: Brasil volta a somar mais de 800 mortes e 50 mil casos em 24 horas
Número de casos vem aumentando em todo o país - Foto: Lusa

No total, o país sul-americano concentra 6.674.999 pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus e chegou aos 178 mil óbitos (178.159) desde a chegada da pandemia ao Brasil, no final de fevereiro.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Governo brasileiro, a taxa de incidência da covid-19 aumentou para 85 mortes e 3.176 casos por cada 100 mil habitantes.

Entre as 27 unidades federativas do Brasil, as que concentram mais mortes são São Paulo, (43.282), Rio de Janeiro (23.270), Minas Gerais (10.345) e Ceará (9.738).

Já a lista de estados com mais casos de infeção é liderada por São Paulo (1.296.801), Minas Gerais (444.800), Bahia (428.024) e Rio de Janeiro (374.753).

No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, mais de 5,8 milhões de pessoas diagnosticadas com a covid-19 recuperaram da doença, enquanto que 642.131 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico.

No momento em que o Brasil enfrenta um aumento no número de infeções e mortes, o Governo brasileiro continua sem apresentar um plano definitivo de vacinação contra o novo coronavírus, o que tem gerado muita pressão por parte de governadores e prefeitos de todo o país.

Face a esse problema, o ministro da Saúde brasileiro, general Eduardo Pazuello, pediu hoje que o país se mantenha unido e deu garantias de que haverá vacina para todos os cidadãos que a pretendem tomar.

Pazuello indicou que o Brasil possui atualmente mais de 300 milhões de doses de vacinas garantidas, através de acordos internacionais e nacionais, e que aguardam a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país.

Segundo o ministro, o Governo federal tem acordos com o laboratório AstraZeneca para receber 260 milhões de doses e material para fabrico em 2021. Desse total, 100 milhões no primeiro semestre e mais 160 milhões no segundo semestre. Segundo Pazuello, 15 milhões dessas doses começam a chegar em janeiro.

Além disso, o executivo assegurou 42,5 milhões de doses vacinas via consórcio Covax Facility, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na sua declaração no Palácio do Planalto, em Brasília, Pazuello referiu ainda a provável contratação de 70 milhões de doses da farmacêutica norte-americana Pfizer.

"Estamos a fechar a contratação, ainda na fase de memorando de entendimento, com a Pfizer. Pfizer que hoje já começa a vacinar, em caráter de emergência, alguns grupos em Inglaterra. Estamos a par de tudo o que acontece no mundo. Assinamos uma carta de intenções, esse memorando de entendimento, garantindo mais 70 milhões de doses da Pfizer, já iniciando em janeiro de [2021] o recebimento dessas doses", disse o general.

Contudo, em nenhum momento o ministro mencionou diretamente a CoronaVac, potencial vacina chinesa contra a covid-19, que será formulada e também produzida pelo Instituto Butantan, vinculado ao seu estado de São Paulo, governado por João Doria, rival político do Presidente, Jair Bolsonaro.

"O Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita e voluntária após comprovada eficácia e registo na Anvisa. Vamos proteger a população respeitando a sua liberdade e não usá-la para fins políticos, colocando a sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder", frisou o ministro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.545.320 mortos resultantes de mais de 67 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.