"Pelé" volta a ser estrela planetária pela Netflix
Pelé viveu e brilhou no tempo da ditadura militar brasileira e essa relação também foi controversa.

"Pelé" entrou esta semana em campo pelo pequeno ecrã da plataforma Netflix, com um documentário que contrapõe a vida do já debilitado e agora octogenário ao jovem rebelde que maravilhou o mundo com uma bola nos pés.
Aquele que foi considerado como o primeiro "rei" dos relvados de futebol volta a ser uma estrela planetária pelo olhar dos realizadores Ben Nichols e David Tryhorn.
"Antes de 1958 o Brasil não era conhecido como o país do futebol pelo mundo. Depois do Mundial de 70, a primeira coisa que se passou a pensar quando se falava do Brasil era futebol. Apesar de isso estar ligado a uma geração talentosa de futebolistas, Pelé foi sempre o nome maior", defende David Tryhorn.
O correalizador considera que o mítico camisola "10" "ajudou a delinear a identidade cultural do Brasil". "Parece ser um exagero, mas não me parece assim tão injusto neste caso", acrescenta Tryhorn.
Este é um filme onde futebol e política também se misturam. Pelé viveu e brilhou no tempo da ditadura militar brasileira e essa relação também foi controversa.
O "rei" é questionado no documentário pela proximidade que teve com os líderes políticos e como terá sido uma das "bandeiras" do regime militar que governou o Brasil entre 1964 e 1985. A certa altura o próprio admite: "Sempre me procuram para saber se posso apoiar um lado ou outro".
Para David Tryhorn, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi ou Maradona não se equiparam ao brasileiro. "Ninguém se compara a Pelé porque ele tornou-se um fenómeno global", justifica o cineasta britânico.
"É como se ele tivesse sido mais um cidadão do mundo do que um brasileiro. O que é um pouco injusto porque ele jogou quase toda a carreira no Brasil e venceu três mundiais pelo Brasil. Penso que, tal como muitas outras pessoas famosas, ele sofre muito com o facto de ainda estar muito presente. Mesmo 50 anos depois do último jogo oficial", afirma Tryhorn.
"Pelé" conta com produção de Kevin McDonald, realizador conhecido por "O Último Rei da Escócia" (2006) e um provável candidato aos Oscares deste ano com "O Mauritano". Está disponível desde esta terça-feira, 23 de fevereiro.
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