O senador alagoano Rodrigo Cunha (PSDB-AL) acredita que o Governo Federal perdeu tempo para começar a se dedicar a vacinação em massa da população brasileira.

Em entrevista ao programa Alagoas Agora, da Rede Antena7, nesta terça-feira (30), o parlamentar disse que a gestão nacional da crise deveria ter tido a participação dos governos estaduais, prefeitos e secretarias estaduais de Saúde.

“Se em um dia morrem três mil, quantos dias para que o país pudesse finalmente se dedicar a vacinação em massa e a ciência? No início, perdemos a oportunidade de ter uma gestão integrada. Aconteceu ao contrário, até a vacina foi politizada. Isso foi o que fez com que o país seja, agora, o epicentro da pandemia no mundo”.

No entanto, Cunha acredita que mudanças de postura sempre são possíveis. “Estou otimista. Quero acreditar que o novo ministro, que é médico, venha com a ciência sendo sua prioridade absoluta. As atitudes públicas — usar máscara, álcool em gel, não indicar que apenas um remédio vá resolver o problema — isso tem um efeito pedagógico gigantesco”.  

O senador voltou a criticar a demora do governo em consertar problemas, a exemplo da saída do ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo. “Deveria ter acontecido há muito tempo. Ele era de uma linha muito ideológica. Prejudicou as negociações da vacina no exterior, fez com que o Brasil ficasse no final da fila. Toda política externa feita de maneira equivocada fez com que o Brasil perdesse prestígio mundial”.

Rodrigo Cunha diz que torce para que os novos ministros, anunciados nessa segunda-feira (29), se dediquem, e entendam que o momento que o país vive necessita da soma de esforços.